Foi tornado público recentemente o novo código da Publicidade, que obriga a que os blogues identifiquem como publicidade o conteúdo comprado, acabando com a espécie de lei da selva que existia até agora na blogosfera. Tudo a favor. Ninguém está a proibir os blogues de fazer publicidade, está-se apenas a impor que os autores expliquem aos leitores que não estão a escrever de forma totalmente desinteressada, mas sim porque houve uma qualquer contrapartida, em dinheiro, produto ou experiência.
Muito bem.
Até aqui, quase nenhum blogue o fazia. Mas na verdade não acho que isso fosse um grande problema, porque quase nenhum blogger tinha talento para conseguir transformar um post comercial num post interessante, logo, toda a gente topava a léguas que aquilo era um post pago.
As regras mudaram. E agora?
As regras mudaram e, agora, deveria instalar-se uma espécie de pânico com um medo generalizado de se perderem as parcerias que existiam até agora. Só que não. Está tudo na mesma. Nada mudou. E porquê? Porque os bloggers assobiaram para o ar. E é isso que vão continuar a fazer. Porquê? Porque esta é uma daquelas regras impossíveis de fiscalizar.
Existem, em Portugal, dezenas de milhares de blogues. Desses, apenas uns 20 têm alguma relevância, e desses 20 só uns 10 é que despertam algum tipo de interesse comercial. Logo, é sobre esses que vão incidir todos os olhos. Por serem os que têm mais leitores serão também estes os mais escrutinados e alvos de denúncia em casos suspeitos (sim, as “investigações” só existem após a denúncia de leitores).
Mas vamos supor que há uma denúncia e é aberto um inquérito. O autor é chamado e diz que não senhor, não recebeu nada para escrever aquilo, que escreveu porque quis e gostou de um produto ou de uma experiência. E depois? O que é que se segue? Tem de apresentar fatura? E se já a tiver perdido? Como é que tudo isto se prova? É a palavra de um contra a suspeita de outro. Resultado: não vai dar em nada.
Reitero o que disse: acho muito bem que haja esta legislação, acho um ótimo princípio dizer aos leitores que estamos a ser pagos para escrever qualquer coisa, mas não me parece que seja possível controlar se estas regras são efetivamente cumpridas ou não. E, como diz o título deste post, é que aposto que todos os bloggers vão assobiar para o ar. E vão fazê-lo porque a maioria das marcas não aceita que um post tenha a indicação que é comercial. As marcas que querem assumir essa estratégia procuram quem sabe comunicar dessa forma, e, na minha opinião (interessada, sim, mas honesta), só a Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce) e a Sónia Morais Santos (Cocó na Fralda) é que o sabem fazer muito bem. Outros tentam, mas não conseguem eliminar os néons que gritam ISTO É PUBLICIDADE, ISTO É PUBLICIDADE ao longo dos textos comerciais.
Por isso, e porque não querem perder o dinheiro, os produtos ou experiências que vão recebendo, os bloggers vão continuar a fazer o que sempre fizeram, a escrever sobre aquilo que gostam e sobre aquilo que lhes pagam para escrever, sem grandes problemas com isso.
O exemplo dos jornalistas
Sou jornalista há 20 anos, por isso sei bem que este tipo de contrapartidas (dinheiro, produtos e experiências pagas) existem e sempre existiram nas redações de jornais e revistas. Há 15 anos, por exemplo, havia um jornalista que recebia dinheiro para escolher as fotos certas que seriam publicadas: tinham de ser fotos de desportistas de determinada equipa em que se visse bem o nome do patrocinador. Esse patrocinador pagava ao jornalista para isso. E ele fazia-o.
Eu, como redator, recebi muitas vezes ordens de chefes que me pediam para escrever determinados artigos que eu sabia que tinham interesses comerciais por trás. E isto não aconteceu há 20 anos, aconteceu há muito pouco tempo. Os jornalistas das áreas de moda, automóveis, tecnologia, por exemplo, são constantemente convidados para viagens, experiências, recebem produtos de todos os géneros, brindes a toda a hora, e escrevem muitas vezes sobre isso sem qualquer indicação de que é uma coisa comercial.
Tudo isto é condenável e eticamente incorreto? Sim, é. Mas tudo isto existe e existe em perfeita impunidade há dezenas de anos. A lei não é cumprida, mas toda a gente assobia para o ar.
Os jornalistas, bem como os bloggers, devem ser editores, devem fazer opções editoriais sobre o que é importante e relevante ou não. E é preciso sempre analisar caso a caso, situação a situação. E analisar com bom senso, e não apenas porque houve uma denúncia.
Acho bem que existam regras, mas também não tomo os leitores por burros, e sei bem que eles conseguem perceber se um texto é encomendado ou não. Acredito e quero continuar a acreditar que isso vai ser assim.
Ou seja, ninguém vai respeitar esta nova regra, mas também não acho que os leitores saiam muito prejudicados. Vocês não são estúpidos.
Assino por baixo.
Não sou contra a publicidade desde que seja identificada como tal. Aí, a Ana Garcia Martins dá cartas porque, além de escrever de uma forma absolutamente deliciosa (e não o digo para parecer bem e/ou passar graxa), é honesta no que à publicidade diz respeito.
Já o blogue da Sónia Morais Santos tem carradas de.publicidade, sem estar referida. E quando à questionam.sobre tal ainda se arma em sonsa. O espaço dela já teve muita qualidade, mas tem vindo a perdê-la. Hoje em dia bem que faz justiça ao nome: não passa dum grande cocó..
A Ana faz isso como ninguém e não me parece que perca nada com isso.
Infelizmente (porque tenho simpatia pela Sónia), não me parece que o “Cocó na Fralda” esteja no mesmo patamar de honestidade. Atenção que não acho que a Sónia seja minimamente desonesta, mas a publicidade paga e as ofertas e convites não ficam tão evidentes no seu blog.
A esses é denunciar. Qual o problema. E os bloggers que cumprem deviam faze-lo.
PS: aquele texto do Luso com gás não era publicitário?
Tem a sua esposa em alta conta, pois por mais pozinhos que ponha, a publicidade cheira-se ao longe.
Claro que os bloggers vão fingir que nada se passa, mas qualquer bom lusitano imagina mil e um modos de fugir às diversas leis. Mas no caso de haver pagamentos, existirão facturas (certo?), e aí não há esquecimento que valha. No caso das “ofertas”… Pois aí entramos no capitulo da honestidade intelectual, não há legislação aplicável.
A lei que impera!
Caro Jacinto. Em momento algum digo que os bloggers não devem cumprir com a lei. Pelo contrário. Digo várias vezes que concordo com ela e adoraria que os bloggers a adotassem, mas sei que isso não vai acontecer, porque conheço a posição de muitos deles em relação a este tema, e sei que muitos não vão estar sequer preocupados com a existência de uma nova regra: vão fazer tudo como dantes, assobiando para o ar. Isto é o que eu sei que vai acontecer, mas não é o que eu desejo que aconteça.
Também acho que se fez uma lei mas não se pensou nos mecanismos para a controlar, o que irá fazer com que 99 por cento dos visados na lei não a cumpram. Uma vez mais, não concordo que não se cumpra, mas sei que é o que vai acontecer.
Acho fantástico que se legisle sobre o tema e devo dizer que a Pipoca é muito clara quando faz publicidade.
Já a Sónia (de quem gosto imenso atenção) não indica quando um post é publicidade, e até o nega, como quando foi do Take Away do Pingo Doce.
Olá Arrumadinho,
Então do seu artigo posso perceber duas coisas.
1.º os leitores não são burros.
2.º os bloguer’s não têm que cumprir a lei, se souberem assobiar, assobiam para o ar… os que não souberem é que estão tramados.
Gosto de seguir o seu blogue mas este artigo era desnecessário… Por estas e outras se percebe o estado do país… Isto é só mais um mau exemplo, dos pequenos, diga-se, mas um mau exemplo!
Caro Arrumadinho, concordo plenamente com esta nova lei. Como blogger acho que já desde há algum tempo que não há um único post publicitário que qualquer outro blogger escreva que eu não tope a léguas que é publicidade (incluindo os da Sónia e os da Pipoca, que sinceramente são mesmo muito mauzinhos)! Mal começo a ler um post em qualquer um destes blogs consigo perceber se é completamente desinteressado ou não, o que faz perceber que a publicidade como se faz cá em portugal é muito, mas mesmo muito mal feita, tanto pela parte das marcas como pela dos bloggers, mesmo aqueles que conseguem viver do seu blog. Tomem-se como exemplo os blogs estrangeiros, só porque já têm muito mais experiência nisto que nós, e perceba-se o que são realmente bons posts publicitários, com conteúdo que não foge àquilo que é o trabalho do blogger e à forma como ele apresenta normalmente os seus conteúdos e que não precisa de uma estória mal contada para poder ser integrado no mesmo.
Faço parte daquele pequenino grupo (acho eu que é pequeno) que quando vê um blog com muita publicidade, perde o interesse nele. Não vejo qual seja o problema de ser colocada uma nota nesse post a dizer que foi pago, dado a experimentar ou wtv. Existe? É que todos sabemos que esses produtos foram financiados de alguma forma, ninguém é parvo. Até porque nesses 20 blogs famosos, possivelmente 15 falam todos do mesmo produto, no mesmo dia. São piores que a televisão! Por isso, sendo lei ou não, tanto faz!
Não sou obrigada a colocar o NIF numa fatura de um perfume. Além disso posso alegar que foi um presente do marido, da amiga, da tia.
Concordo com o comentário anterior se forem questionar as marcas talvez a coisa resulte se forem questionar os bloggers não terão grandes resultados.
“Tem de apresentar fatura? E se já a tiver perdido?”
Pelas leis actuais todas as facturas emitidas têm que ser declaradas à AT na plataforma digital que existe para o efeito e que se designa por e-factura. Se a factura existiu a AT deve ter conhecimento dela e a sua existência e papel é apenas um pro-forma, portanto o argumento ‘perdi-a’ não é válido nem aceitável.
ha anos que os bloggers e vloggers Ingleses e Americanos tem que divulgar se um post ou um video foi pago e fazem-no sem problemas. Ha bloggers Inglesas que eu sigo que ate marcam com um * os produtos que foram recebidos do departamento de RP das marcas e os que foram comprados. Eu sinceramente acho que a unica forma de se estar num blog e nas redes sociais é sendo transparente porque isso inspira confiança dos leitores. Eles nao se importam de ver conteudos pagos se os conteudos forem bons. Agora o que nao concordo contigo é que nada va mudar porque tu achas que o problema acaba no blogger, como ja aconteceu no Brasil as autoridades mais depressa vao as marcas para confirmar se houve contrapartida e o blogger é logo apanhado na mentira. As marcas sabem da legislaçao e vao so trabalhar com quem cumpre as regras e a lei porque senao nao so o blogger fica mal, mas a marca ainda fica pior. (sorry nao tenho acentos)
Caro anónimo. Eu, precisamente por ser jornalista, e por ter um blogue com muita visibilidade, sou muito mais escrutinado pelos leitores, pelos outros jornalistas, pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas. E não há qualquer incompatibilidade nas duas coisas. O meu blogue tem publicidade da mesma forma que os jornais têm publicidade, as revistas têm publicidade e os sites informativos têm publicidade.
Existe um departamento comercial do blogue – que é o do Sapo – que negoceia, aprova e insere a publicidade no blogue. Eu não tenho nenhuma relação com as marcas nem a publicidade que existe no blogue condiciona em nada o que escrevo editorialmente, tal como acontecia nos jornais e revistas onde trabalhei.
Isso não será bem assim. Para já, como blogger com parceria com marcas, seria obrigatório que abdicasse da sua carteira profissional que, como sabe, o impede de receber qualquer tipo de retribuição financeira por um serviço publicitário. Mas isso, no seu caso, não é cumprido nem no blogue nem na plataforma jornalística que dirige, cujo conteúdo publicitário é descarado e raras vezes anunciado como tal. Talvez o Ricardo não tenha o seu esquema de valores bem equilibrado, ou então pega nestes temas “polémicos” única e simplesmente para gerar tráfego no seu blogue (que consequentemente lhe trará mais cliques que se converterão em dinheiro para si). Porque na verdade sabe bem que a sua transparência profissional deixa algo a desejar. Sou jornalista tal como Ricardo, já nos cruzámos um par de vezes em trabalhos e sei, com certeza absoluta, que enquanto editor também “encomendou” muitos artigos aos seus jornalistas, em “agradecimento” a benefícios que o Ricardo retirou através do seu blogue pessoal… E sim aquilo que escreve editorialmente não só é condicionado pelos seus “patrocinadores”, como alimenta a sua atividade (no blogue e na nit). Desculpe-me a franqueza, mas faz-me alguma comichão que se faça passar por um profissional cheio de coluna vertebral quando na verdade os seus comportamentos ditam o contrário. É ótimo falar do cimo do poleiro, mas é péssimo mentir aos seus leitores. deixe-se disso.
Olá caro anónimo. Vou responder por tópicos, para que a coisa fique mais clara.
1. Não é verdade que por eu ter um blogue com parcerias comerciais tenha de abdicar da carteira profissional de jornalista. É verdade, sim, que eu enquanto jornalista não posso escrever sobre marcas e ser pago para isso, coisa que não farei enquanto tiver carteira profissional. Este meu regresso à blogosfera marca, precisamente, essa minha viragem profissional. Irei, certamente, fazer as tais parcerias, e quando elas acontecerem estarão identificadas e, nessa altura, poderá contactar a Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas para saber se eu já a entreguei ou não. Se não o tiver feito (o que não irá acontecer, mas se quiser dar-se a esse trabalho, força) poderá apresentar uma queixa contra mim.
2. É muito fácil dizer coisas como “no seu caso isso não é cumprido nem no blogue nem na plataforma que dirige, cujo conteúdo publicitário é descarado e raras vezes anunciado como tal.”. É muito fácil, sobretudo, quando não se dá a cara, e não se apresentam provas. Demonstra unicamente má fé, desconhecimento e uma pontinha de ignorância. A NiT tem duas pessoas (que não são jornalistas), que escrevem unicamente textos comerciais. Só fazem isso, mais nada. E todos, repito, TODOS os textos comerciais são identificados como tal. Quando não há essa indicação é porque não são textos pagos, são unicamente textos sobre assuntos que os nossos jornalistas consideram relevantes. Na NiT, como no “Expresso”, no “Público” ou no “New York Times” escrevemos sobre marcas, o que não é o mesmo que escrever sobre marcas, sendo pagas pelas mesmas. Peço-lhe, por isso, que indique aqui os exemplos dos tais textos comerciais que lê na NiT, ou aqui no blogue, e que não são identificados como tal. Pode perder o tempo que quiser a procurá-los, porque não os vai encontrar. Mas já que acusou, então prove.
3. Quando diz “a sua transparência profissional deixa a desejar” está a falar exatamente de quê? Uma vez mais, prove o que está a dizer, não se ponha a atirar coisas para o ar. Há uma coisa que logo à partida nos distingue: eu estou aqui, dou a cara, digo o que tenho a dizer, não me escondo atrás do anonimato a atirar pedras aos outros, sem provar nada do que digo. É uma atitude meio cobardolas.
4. Quando diz que sabe “com certeza absoluta” que “encomendei” artigos a jornalistas “em agradecimento” a benefícios que tirei do blogue, uma vez mais, peço-lhe que prove o que está a dizer, e que dê exemplos. Diga o que sabe, sem medos, e já agora dê a cara, diga quem é e falamos de homem para homem/mulher, porque, uma vez mais, eu estou aqui pronto a discutir tudo. Venham de lá essas certezas absolutas.
5. Uma vez mais, exemplos de quando afirma: “aquilo que escreve editorialmente não só é condicionado pelos seus patrocinadores”, como “alimenta a sua atividade”. O que é que quer dizer exatamente com isto? Se diz que é jornalista, o que é que acha que paga o seu salário? As vendas em banca? Não, meu caro, são “os patrocinadores”, ou seja, os anunciante. Sim, são eles que pagam a minha atividade, bem como a sua. Agora, a publicidade tem o seu espaço definido, nas revistas, nos jornais, na NiT ou no meu blogue. E quando essa publicidade surge em forma de conteúdo é assinalada como tal, e o artigo não é assinado por um jornalista, tal como já expliquei.
6. Também não percebo o “do cima do poleiro”. Mas qual poleiro? O que é mesmo um poleiro? É ser diretor/editor de um site ou de uma revista? E acha que cheguei até aqui porque não tive coluna vertebral, porque fui um péssimo profissional, porque não percebo nada da profissão? Pode até achar que sim, pode achar o que quiser, na verdade, porque eu não preciso de achar nada, eu sei como é que as coisas foram, e são.
7. Péssimo não é mentir aos leitores, péssimo é ser jornalista e desconhecer profundamente os princípios gerais da Lei, péssimo é acusar sem provas, péssimo (e pequenino) é esconder-se no anonimato, porque na verdade sabe que se der a cara vai ter de provar tudo isso que está a dizer, e não é aqui no blogue. Deixe-se disso.
Tens toda a razão só os principais blogs serão escrutinados, a maioria dos bloggers irá assobiar para o lado e parte do problema é causado pelas marcas que querem fazer publicidade dissimulada. 5/blogues-obrigados-assinalar-publicidad e.html
A questão é que só quem sabe fazer as coisas bem-feitas consegue realmente ganhar dinheiro com um blog e mais tarde ou mais cedo ter uma estratégia comercial e ser transparente será o único caminho.
http://a-lingua-afiada.blogspot.pt/2015/0
acho muito bem, aqui há tempos fui a um blog (não direi qual) à procura do protetor solar que a autora usava e fiquei sem perceber, porque de 3 em 3 dias publicava protetores de marca diferente e dizia que eram todos fantásticos.
Não acho nada que a Sónia escreva bons posts publicitários… Topam-se a léguas e tipicamente são chatos e secos, directos ao assunto para despachar e receber o cachê.
A Pipoca concordo – dé sempre um toque pessoal, contextualiza e nota-se que há uma preocupação em aprofundar o conhecimento do produto. Também acho que quase sempre os produtos encaixam que nem uma luva no perfil dela e (da maioria) das pessoas que a seguem, além de estarem identificados. clap clap para a tua mulher, que aliás é a pioneira na rentabilização e massificação dos blogs em Portugal – grande boss!
Ok, e tu como jornalista há 20 anos, como é que consegues passar entre os pingos da chuva?
Sendo que os leitores não são parvos, também percebem que existe uma incompatibilidade gigante em ser jornalista e blogger com receitas de publicidade. Legalmente não podes acumular as duas funções. Ou optas por uma, ou pela outra. Estás em incumprimento ou é só impressão?
É só impressão sua, caro anónimo. Se estivesse em incumprimento as entidades competentes já teriam dado por isso.