Hoje foi um daqueles dias non-stop, sempre a correr de um lado para o outro, e sempre rodeado de criançada.
Para abrir a pestana, começou tudo às cinco da matina, hora a que saltámos da cama (no plural, foi mesmo a família toda) para ir levar a sodôna ao aeroporto. Deixámo-la lá perto das 6h10 e voltámos para casa. Primeiro drama: voltar a pôr o miúdo a dormir. Disse-lhe que tinha de descansar até às 9h, para depois ter energia para o dia. Concordou. Deitou-se ao meu lado. Um minuto depois…
“Já é quase de dia…”
30 segundo depois…
“Quantos minutos faltam para as nove da manhã?”
2 minutos depois…
“E agora?”
1 minuto depois…
“Quanto tempo já passou?”
6 minutos depois…
“Papá, já são quase nove?”
Não! Ainda são 6h50, e se vais continuar com perguntas não dormes tu, nem durmo eu, e depois vais andar o dia todo com birra de sono.
Resignou-se. E calou-se.
30 minutos depois…
“Papá, já é de dia, posso ir para a sala ver o Phineas&Ferb?”
Vai!, pronto.
E foi. Ainda tentei dormir mais uns minutos, mas acho que só adormeci aí às 8h50 e o despertador tocou às 9h.
O dia ainda não tinha verdadeiramente começado e já estava cheio de sono e cansado.
Às 10h, três amigos da escola chegaram cá a casa, para uma espécie de festa de aniversário antecipada e intimista. Jogaram ao comilão, skylanders, Super Mário, andaram de baloiço, de slide, correram que se fartaram, comeram pizzas ao almoço e perto das 15h fui deixá-los noutra festa de aniversário, curiosamente de um dos amigos do meu filho, que estavam com ele.
Fui então a correr a casa dos meus sogros buscar o pequeno Mateus (que foi poupado à gritaria dos mais velhos), passei no Pingo Doce a comprar umas coisas de última hora, fui à FNAC buscar o presente que faltava, e antes das 17h estava em Campo de Ourique para recolher o mais velho. Depois, foi correr para casa, já que estava a chegar a família para a terceira festa do dia. Chegaram ainda antes das 18h, hora a que o Mateus costuma estar mais birrento, e em que mistura ali o princípio de sono com o cansado do dia, o descarregar do stresse. A casa não estava propriamente calma, com o meu filho mais velho e as duas primas a correrem sempre de um lado para o outro e a brincarem às escondidas pelas casa, sempre com aqueles guinchos de excitação que só os putos conseguem emitir.
Depois de o conseguir finalmente arrancar do colo da avó, da bisavó, da tia e da tia-avó, lá lhe consegui dar a comida, um banho e pô-lo a dormir. Caiu para o lado em três tempos.
Só agora, já perto das onze da noite, e quase 18 horas depois de ter acordado, voltei a ter silêncio em casa. A minha ideia era a de me sentar finalmente ao computador a trabalhar um pouco. Mas até para acabar este texto me faltam as forças. Pronto, foi o possível.
Concordo consigo, Ana.
Se fosse comigo, talvez não sentisse medo de ir de taxi. Mas para mim ir de taxi para algum lado é sempre a última alternativa, logo talvez preferisse que o mê’home me levasse. Se isso implicasse ter que levantar o filhote assim tão cedo, talvez o deixasse na avó a dormir…
Mas isto não é o relato do meu dia e todos os dias lidamos com as escolhas dos outros diferentes das nossas, e nem por isso entramos a chocar de frente.
Aborrecimento.
o que vale é que já está habituado ás “correrias”. Foi só mais uma maratona ou terá sido um corta mato?? Bem vindo á minha realidade quase diária 🙂
mas qual é o mal? sao meras escolhas poxa
nao me interessa se é por ele achar inseguro, se é pq se qeria despedir, ou ate pq achou mais economico (estou a entrar no campo das varias hipoteses)
qualquer q seja a escolha vao sempre haver opinioes favoraveis e contrarias, mas de toda a forma ele escolheu levar a mulher ao aeroporto e o texto nao gira acerca disso, gira acerca do facto de ter pouco sossego, e andar em correria um dia inteiro
é assim tao dificil cingirmo-nos ao facto de q o arrumadinho se limitou a descrever um dia um pouco mais comprido e portanto ficou sem grande cabeça/forças pro trabalho?
Oh gente deste mundo e qual o drama de levantar o miudo uma vez às cinco da matina? Na certa até gostou da experiencia!
Tanta regra, tanta imposição, tanto “não se pode isto e aquilo” com os miudos! Até parece que morrem se se levantarem de madrugada.
Sabem que há pais que têm de sair de cedissimo de manhã e têm de obrigatóriamente por os filhos a pé ainda de madrugada para os levar a ATL ou familiares? Isso sim é uma violência para as crianças. Mas que os pais nem sempre conseguem contornar. Agora isto? É memso vontade de criticar tudo e todos!
E chamar o taxi para casa (portanto, vem buscá-la mesmo à porta), deixando-a depois no aeroporto? Em que é que isso pode não ser seguro? O taxista ser um tarado? Isso pode ser qualquer um, a qualquer hora do dia ou da noite…
Cada um sabe de si e dos seus, não é verdade?
Só de ler fiquei cansada!
E, quanto a mim, acha muito bem!
I can definitely relate to that 🙂
http://osmeusosteusosnossos.blogs.sapo.p t/
Bem vindo ao mundo louco dos vários filhos de diversas idades!
Uma doçura mas uma enorme canseira!
vidademulheraos40.blogspot.com (http://vidademulheraos40.blogspot.com/).
Gosto de te ler assim nesta visão de pai…devias escrever mais vezes na Pipoca mais dois…
Isso é fofinho…:)
Sim! É muuuuito perigoso! É de evitar… mesmo! Acordar uma criança às 5 da matina é muito mais sensato.
Esta cidade está para lá de insegura!
Por acaso também achei um bocado utópico achar que conseguiria adormecer o mais velho depois de ele estar acordado há tanto tempo. As crianças não costumam reagir muito bem a isso… Mais valia o miúdo ter ficado a dormir noutro sítio qualquer. Mas pronto, um dia não são dias e o puto não é meu :p
PS: ‘Depois, fui correr para casa’ em vez de ‘foi’.
Eu sou dos que ainda acham que não é totalmente seguro uma mulher apanhar um táxi sozinha às cinco e tal da manhã. Prefiro sair da cama e ir eu levá-la ao aeroporto.
Que inicio de mês super agitado!
http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/
Nao teria sido mais facil, mais justo, mais humano (para as criancas) a “sodona” ter ido de taxi?