Um crónica sobre o regresso

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Quem corre, quem faz desporto regularmente, que entende a importância da actividade física para o nosso bem-estar geral, para a nossa felicidade, vai gostar de ler a minha última crónica publicada na revista online Viver Bem.

É sobre o regresso à corrida, depois de uma longa paragem. É sobre a força que temos de ter para não nos vergarmos à preguiça, para pararmos de adiar o que não pode mais ser adiado.

Foi, talvez, a crónica que mais gostei de escrever.

Podem lê-la aqui.

33 Comentários

  1. E por falar em preguiça, o que se passa contigo, que não ha maneira de apareces no blog?!? Desaparecido não deves estar, ou a tua mulher, ja nos teria contado…!!

  2. ‘ Respeito todos aqueles que não gostam de desporto mas também gostava que respeitassem os que gostam, não tento demovê-los das suas ideias, mas por favor, não ousem experimentar mudar as minhas, vão ter azar e sentir-se-ão depressivos. ‘

    Mas com que tipo de pessoas é que a senhora se dá?!

  3. Entretanto voltei cá para dizer que já fiz 74km. Faltam 26km; faltam 4dias. Vou acreditar e o objectivo continua firme!
    Com este desafio alcancei também uma outra vitória – já corro 10km. Que satisfação!

  4. Identifico-me com cada palavra.
    Também eu estive três meses sem praticar qualquer exercício físico e o melhor dia que encontrei para recomeçar foi a última sexta-feira. E soube-me pela vida. E fiquei a pensar com os meus botões: “Sou mesmo estúpida”.
    Sexta-feira parece ser aquele dia que ninguém gosta de treinar, fim de semana à porta, etc… eu acho que não poderia ter escolhido dia melhor. Se deixasse para hoje (segunda-feira) provavelmente seria adiado. 🙂

  5. O texto está bastante real ao que acontece ao comum dos mortais, mas luto sempre contra à inércia, pratico desporto desde muito nova, já fiz muitas modalidades mas claro a corrida foi a minha primeira aventura. Na altura porque não havia dinheiro para idas aos ginásios, depois veio a febre das aulas de grupo e fechei-me em ginásios durante muitos anos, não foi em vão até porque o espirito era engraçado, fazia body combat ; body pump; body balance; musculação até dizer chega, enfim uma panóplia de modalidades mas que nunca deixaram fazer morrer o bichinho da corrida, até que um dia fui mãe…
    Tudo mudou, mas tudo se ajustou, as idas ao ginásio, ainda para mais à noite, estaria totalmente fora de parte, numa altura em que queria dedicar-me 200% ao bebé, o pai também não abdicaria do seu tempo com ele (conheci o meu marido num ginásio). Foi uma questão de alterar as rotinas e hábitos, voltei à estrada e troquei a noite pela tarde, passei a correr todos os dias à hora de almoço, faço entre 6 a 10 quilómetros e ainda vou dar o mergulho no meu mar que é o meu troféu diário. Faço na companhia de 2 amigas assíduas que me acompanham sempre. A rotina está de tal ordem instalada que se por acaso surgem questões de trabalho, deslocações em serviço ou reuniões fico fora de mim. Tento agendar tudo e coordenar o meu dia-a-dia por forma nunca por em causa a minha “abençoada” hora de almoço. Numa viagem que terei de pernoitar, a primeira coisa a dar entrada no meu trolly são os tennis e uma roupa para correr esteja em que ilha estiver, lisboa ou outro local, a corrida irá surgir sempre.
    Tudo isto para dizer que muitas vezes custa, sobretudo tirar a roupa quente para trocar por outra que nada tem a ver com a roupa de trabalho e desatar a correr, é fácil desistir mas se formos firmes e determinados conseguimos derrubar a preguiça, derrubar aqueles comentários que insistem em tirarem-nos a vontade de ir só porque não conseguem fazê-lo, no meu caso faz um efeito contrário, quanto mais me dizem, “credo que horror que paciência a tua” mais vontade me dá para ir á minha vidinha, desistir nunca, até porque é um balsâmico para ultrapassar questões por vezes difíceis de ultrapassar. Faço com todo o prazer e alegria da vida, nunca deixarei de fazer seja o que for, sim porque desporto não é só correr como todos pensam agora, façam qualquer coisa, nem que seja ioga para meditarem um pouco se estão ou não no caminho certo.
    O objetivo agora, uma vez que a minhas pernas já têm muitos quilómetros é experimentar a http://www.correrporprazer.com/2014/02/azores-trail-run/ . Tínhamos agendado ir à meia maratona de 16 de março, mas preciso algo de novo, uma vez que fizemos ainda há bem pouco tempo a de 5 outubro (Vasco da Gama). Necessito de coisas diferentes para poder viver de forma eufórica, neste sentido claro. Vivo de experiências que me dão pica no fundo coisas básicas, mas nunca deixo que tentam mudar a minha forma de estar na vida. Respeito todos aqueles que não gostam de desporto mas também gostava que respeitassem os que gostam, não tento demovê-los das suas ideias, mas por favor, não ousem experimentar mudar as minhas, vão ter azar e sentir-se-ão depressivos.
    Parabéns pela coragem de dizer a verdade, mas também pela vontade de querer voltar à estrada.

  6. Não leve a mal o meu comentário e até esteve de férias (merecidas) e tudo, mas o facto de demorar tanto a aprovar os comentário, faz perder-se um pouco da “piada” da coisa…

  7. Arrumadinho, adorei a tua crónica. Tudo o que dizes é a pura das verdades.
    Eu vou ao ginásio e corro de vez em quando( confesso que de inverno não faço corridas, pois torna-se para mim algo penoso), mas ao ginásio não falto.O ano passado tive que parar 3 meses sem desporto por uma entorse no pé( a 3ª 🙁 ) foram meses que ninguém me aturava por o mau humor que se instalou no meu ser :). O desporto como eu digo faz bem ao corpo , à mente e à nossa alma!! Tudo fica em plena harmonia!
    Parabéns pela crónica e pelo teu esforço para voltares ao desporto e comida saudável.

  8. Arrumadinho, este texto serve-me que nem uma luva!podiam ser todas palavras minhas…. Incluindo o nascimento de um filho… Só que não seria capaz de escreve-lo tão bem!

  9. Olá Ricardo…

    Gostei da crónica… Muito boa…
    Também eu agora me tenho deparado com o “muro” da preguiça, para correr. Ultimamente acordo todos os dias a desejar que esteja a chover (porque eu não gosto de correr à chuva), para não ir correr. Mas agora… depois de ler a sua crónica, sinto-me com mais força para continuar. Afinal não sou a única que tem momentos de fraqueza. Obrigada pelo que escreve… Continue assim… a inspirar pessoas a continuar.

  10. Já li e tive que cá voltar. Era precisamente este o problema que ontem desabafava no meu blog. Iniciei o mês com o objectivo de correr 100km – o que era para mim uma meta bem ambiciosa, contudo, estava motivada e depressa fiz 22km. E depois… (ai e depois) vem a Stephanie e tudo muda. Tudo bem que só não corre quem não tem vontade, é certo, mas eu olho para mim: ou corro às 6h ou às 22h. Estou o dia inteiro fora de casa, da minha cidade e longe do meu marido. Acham mesmo que às 22h tenho vontade de enfrentar o super kit S. Pedro: vento+chuva+frio? Esqueçam. Sou incapaz. Em breve volto, assim que o S. Pedro permitir.
    Fiquei desiludida comigo, mas acredito que apenas adiei este objectivo.

    Força!

  11. Muito bom! Parabéns!
    A frase que retenho, porque a ouço cá em casa muitas vezes, é: “sem praticar desporto torno-me numa pessoa pior”!

    Sou preguiçosa que doí, mas casei com um “desportista” e tem sido um desafio interessante enquanto casal, sobretudo desde que saímos de Portugal, porque ai o desafio tem sido um desafio em si.

    Em bom rigor eu tenho tentado evoluir e posso dizer que há dois anos não corria um minuto e hoje estou a tentar cumprir um plano para a maratona, sim digo tentar porque é uma luta diária de motivação e dedicação !
    Deixo o meu relato: http://vbubbly.blogspot.co.uk/2014/01/plano-maratona-2014.html

    Mais uma vez, parabéns pelo excelente texto!

  12. A grande verdade, com a qual concordo em absoluto:
    “Quem salta da cama, mesmo que seja para correr dois quilómetros, é sempre um herói, porque venceu a mais dura das batalhas: saiu da zona de conforto.”

    E como é bom depois, sentir a frescura da manhã e o inicio de um novo dia.
    Força para o recomeçar das corridas…

    Sofia D.

  13. Ok. Não lhe chama falta de tempo, mas prioridades. Tudo certo.
    Mas quando é para “atacar” quem diz que não consegue ter tempo para fazer exercício ou até para ler, fazem-nos parecer (o arrumadinho e a pipoca) como se fossemos parvos, desorganizados ou simplesmente com falta de vontade e usando desculpas.
    Tenho dois filhos, casa grande sem empregada, uma cadela, saio de casa às 8h da manhã e chego depois das 19h, os miudos têm actividades – futebol e natação e tenho de cumprir com esses horários e só depois fazer o jantar que é sempre cerca das 21.30h (a correr bem), hora que também chega o marido. Entre banhos, arrumar a cozinha, tratar de roupas, lanches para o dia seguinte, estamos despachados por volta das 24h.
    Poderia ir correr? Podia, se tivesse força. Vou mas é tomar banho de tentar deitar-me antes da 1h.
    Poderia sair da cama antes uma hora (já saio às 6.30)? Podia se tivesse força.
    É tudo bonito, em casa dos outros…

    PS – Não estou a criticar o inicio das corridas, faz muito bem. Só acho que essas mudanças (mais um filho, outro trabalho) o façam perceber que as realidades das pessoas não são todas iguais.

  14. Gostei e revi-me.
    Esta época do ano, para mim, é sempre complicada! E sim, também sou uma pessoa pior quando não treino. E a culpa? Ui, essa então! Mas há alturas tão complicadas… Esta está a ser complicadíssima para vencer a apatia, raios!
    Já sei que vou chegar ao ginásio ligar a passadeira e ao final de 3 estonteantes minutos já estou a dizer palavrões e a tentar socar o vizinho do lado! Mas vai ter que ser, tem mesmo que ser. Até porque depois sabe tudo muito melhor!

  15. Também estou nessa fase: tentar vencer a inércia.
    Para mim por o regresso ao trabalho, ter arranjado emprego e não sobrar tempo para a família, nem para mim.
    Tenho de regressar. Já começo a sentir o peso da inércia no corpo, os musculosa entorpecidos de falta de movimento.
    Obrigada por esta partilha.
    Vai ser no fim se semana, já que não irá chover tanto!
    vidademulheraos40.blogspot.com (http://vidademulheraos40.blogspot.com/).

  16. Acho que muitas vezes as pessoas não percebem aquilo que os amantes do desporto dizem e defendem. Soa a disparate. Até que começam a praticar desporto e dão razão a tudo.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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