Ponto 1: o “torneio qualquer de jornalistas” chama-se MediaCup e é uma espécie de campeonato nacional de órgãos de comunicação social, em que participaram 17 equipas de Lisboa e do Porto.
Ponto 2: A minha equipa, a Sábado/J. Negócios Banco Popular inscreveu-se pela primeira vez e foi vista, desde o primeiro jogo, como a formação mais fraca em prova, mas está longe de ser “uma nulidade”. Já vamos perceber porquê.
Bom, a MediaCup não é só um torneio de jornalistas. Todas as equipas recebem, por sorteio, uma estrela, um ex-jogador profissional de futebol, bem como um jogador vindo da equipa da CAIS, a associação de ajuda a Sem Abrigo. No nosso caso, calhou-nos em sorte como estrela o Paulo Santos, ex-guarda-redes do Benfica, FC Porto e Sp. Braga. Outras equipas jogaram com o Dani, o Paulo Madeira, o Chiquinho Carlos, o Jaime Pacheco, o Tuck, o Figueiredo, etc.
O campeonato começou há uns meses, com uma fase de grupos. A minha equipa calhou logo no mais forte, que tinha o bicampeão Expresso e as fortíssimas Lusa e A Bola, todas candidatas ao título. Ou seja, como só passavam os três primeiros, era muito provável que fossemos logo eliminados. O nosso objectivo inicial era o de tentar ganhar um jogo (ou não perder) contra as outras duas equipas: SIC e Antena 1.
O jogo de abertura foi contra a Lusa, que não contou com o guarda-redes titular. Ainda não sei bem como, mas aos 10 minutos de jogo estávamos a ganhar por 4-0. Ninguém queria acreditar. O pior veio depois. Eles cresceram, vieram para cima de nós e, a cinco minutos do final, chegaram ao empate: 4-4. Quando tentavam, em desespero, marcar o quinto golo, sofreram um, de contra-ataque. Ganhámos um jogo que deveríamos ter perdido e pensámos logo que, mesmo com derrotas contra A Bola e o Expresso poderíamos chegar à fase final.
No jogo seguinte, contra A Bola, fomos massacrados do princípio ao fim. O nosso guarda-redes defendia tudo o que era possível defender. Aguentámos o 0-0 até ao limite. Na segunda parte sofremos um golo, mas acabámos por empatar, perto do fim, num penálti. Mais um resultado histórico. E o apuramento parecia agora ainda mais perto.
Na semana seguinte, perdemos por 6-2 contra o Expresso e aterrámos. Pronto, aquilo era outro nível. Nada a fazer. Nas duas últimas jornadas, ganhámos por 4-2 à SIC e por 3-2 à Antena 1 e passámos à fase final, juntamente com o Expresso e a Lusa. A Bola ficou pelo caminho.
Na fase final, que se jogou este sábado em Taveiro, empatámos 2-2 com o Record Porto (jogo em que marquei um golo de chapéu à Cantona, simulando um remate de longe e picando a bola por cima do guarda-redes – espero tanto que haja vídeo deste momento) e ganhámos 3-0 ao Diário Económico, que acabou por ser repescado para as meias-finais como melhor segundo classificado. Nós vencemos o grupo. No sorteio, calhou-nos a Lusa, que já havíamos derrotado na fase de grupos. Eles queriam vingança. No melhor jogo da minha vida, vencemos por 6-3. Marquei cinco golos e com o que havia marcado ao Record sagrei-me o melhor marcador da fase final. Chegámos à final, onde voltámos a encontrar o Diário Económico, que esmagou o bicampeão Expresso por 6-1 na outra meia-final.
A final foi disputadíssima. Começámos a perder por 1-0, com um golão do Chiquinho Carlos, quase do meio-campo. Empatámos com um golo ridículo do nosso guarda-redes, num pontapé de baliza. Eles voltaram à vantagem, depois de um erro defensivo meu (tentei aliviar uma bola dentro da área de calcanhar e ofereci a bola a um adversário). Mas empatámos perto do fim com um golão de livre do Gilson, o nosso craque vindo da CAIS.
Nos penáltis, a nossa estrela, o Paulo Santos, decidiu. Defendeu dois e marcou um. Sagrámo-nos, contra todas as expectativas, campeões nacionais. A taça está na redacção, mesmo ao meu lado. Mas ela é de todos, e todos são o António Monteiro (Banco Popular), o Jorge Oliveira (Banco Popular), o João Suspiro (Banco Popular), o Paulo Santos, o Gilson, o Nuno Aguiar (J. Negócios), o Bruno Simões (J. Negócios), o Alison (J. Negócios), o Jaime Alberto (Sábado), Ricardo Milagres (Sábado), Nuno Silva (Sábado), o Gustavo (Sábado), o Fernando Barata (Sábado) e minha.
Como capitão de equipa, coube-me levantar a taça. Foi este o momento. Um orgulho.
Muitos parabéns. Mantenho o desejo de jogar nesse torneio. Apesar de nunca se fazer uma equipa aqui para estes lados.
homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Epah por essas descrições que fizeste, parece ter sido um campeonato bem mais interessante e emocionante que a nossa liga ou mesmo a selecção! Parabéns 🙂
Muitos Parabéns! 😀
Muitos parabéns Campeões 😀
Parabens!eu quase o via de minha casa a marcar e a festejar os golos. sé eu soubesse antes tinha ido levar uns pastéis de tentugal para a sua esposa.
Parabéns!! 🙂