O André Carrillo é aquela namorada boazona do gajo mais irritante da escola que nós, sabe-se lá como, conseguimos sacar. Conseguimos sacar, certo, muito orgulho e tal, mas depois, quando chega a hora de aproveitarmos tudo o que de melhor a moça parece ter para oferecer, ela revela-se um fiasco na cama. Começamos então a achar que se calhar aquela grande conquista, que achávamos que seria para vida, coisa para casar, afinal, pode ser apenas um caso de uma noite, e um mau caso de uma noite.
Eu sou um rapaz otimista. Quando o assunto é o Benfica, então, chego mesmo a ser só tolinho, daqueles que, por exemplo, esta noite, frente ao Nápoles, ainda acreditaram que poderíamos dar a volta ao jogo, depois de termos feito o 4-1.
Por isso, continuo a acreditar que o Carrillo que vi o ano passado no Sporting vai aparecer este ano no Benfica. Continuo a acreditar que o miúdo está só em má forma, que ainda está a pagar o facto de ter estado um ano parado, que não pode ter perdido qualidades, que está à procura de ritmo, que ainda não entrou no registo da equipa, sei lá, continuo a acreditar em tudo o que posso acreditar, só para não ter de assumir que, afinal, este tesouro que desenterrámos em Alvalade é apenas um baú cheio de moedas de plástico.
Não há muito a dizer sobre a derrota do Benfica em Nápoles. Fizemos asneiras à frente, fizemos asneiras atrás, e como isto não é a Liga Portuguesa, e o Nápoles não é o Arouca nem o Tondela, levámos quatro para aprendermos. Na Liga dos Campeões normalmente é isso que acontece, ao Benfica, ao Bayern, ao Barcelona ou ao City. A única coisa relevante deste jogo foi mesmo a exibição miserável (mais uma) do Carrillo. Já falei sobre isso?