Das dezenas de comentários aos dois posts anteriores, há duas opiniões dominantes que retive e que gostava de abordar. Faço-o em forma de post para evitar ter de responder a mesma coisa várias vezes a pessoas diferentes.
A primeira opinião é a das pessoas que acham que eu falo com arrogância sobre o desemprego ou o drama social só porque estou confortavelmente instalado num cadeirão de luxo e tenho a sorte de ter um emprego confortável. Muitas vezes, as pessoas que pensam e dizem isto são as primeiras a dizer também que eu sou um vaidoso porque gosto muito de apontar exemplos meus de sucesso, como se eu fosse muito bom e os outros fossem todos uns falhados.
Acontece que estas duas ideias estão ligadas. Se eu falo de exemplos meus não o faço para dizer que sou muito bom, faço-o para demonstrar que aquilo que defendo já teve um efeito prático na minha própria vida. Em momento algum digo que os caminhos que indico ou as fórmulas que proponho são casos de sucesso absoluto replicáveis em todos os casos e para todas as pessoas. Claro que não. É óbvio que não. Aliás, por me parecer tão absurdo pensar isso nem me dou ao trabalho de o escrever. O que defendo é que é muito mais fácil ter sorte e sucesso se formos diferenciadores, empenhados, proativos, empreendedores, dedicados e nunca desistirmos de crescer e de evoluir enquanto pessoas e profissionais. Podemos ser isto tudo – trabalhadores empenhados e excecionais – e não ter sorte nenhuma, e andar anos a fio a penar, como uma leitora conta num comentário em que aponta o exemplo do pai. Claro que não há fórmulas de sucesso, claro que ninguém pode dizer que fazendo isto vai acontecer aquilo. Isso não existe. Mas o primeiro passo para que possamos ter mais sorte, esse, é o da interiorização, o da reflexão sobre aquilo que podemos e devemos melhorar para que possamos ser trabalhadores mais eficientes, diferenciadores, geradores de mais-valias.
O que se passou na Controlinveste afetou sobretudo jornalistas. Se eu sou mais afirmativo é porque falo de uma classe que conheço muito bem. Os jornalistas, tal como os médicos ou os advogados, arquitetos ou professores, têm de enfrentar um processo continuado de evolução e aprendizagem. Nunca podem parar de aprender, de adquirir novas competências, de procurar novos caminhos. Isso faz parte das competências profissionais. Mas não é isso que acontece com muitos jornalistas, que são sempre contra a mudança, que não querem escrever para a internet, que se recusam a fazer formações em televisão, que acham que não têm de se preocupar com mais nada senão com o texto de 2500 caracteres que têm de escrever naquele dia. Isto é uma realidade que eu conheço, e muito bem. Se um médico decidisse deixar de estudar, de se atualizar, se terminasse a especialização e se encostasse e só trabalhasse de acordo com os métodos que aprendeu na universidade continuaria a ser um bom médico dez ou quinze anos depois? Não. Com os professores é igual. Os advogados também. Hoje, há jornalistas que são dispensáveis porque não quiseram aprender, não se quiseram adaptar, crescer, evoluir, conhecer novos caminhos – e aqui não estou a falar da Controlinveste.
Diria que aí uns 98 por cento das pessoas que comentam no blogue não sabem nada sobre a minha vida e a minha carreira. Nada. Sabem, quanto muito, que trabalhei aqui e ali, que faço isto e aquilo, e nada mais. Não trabalharam comigo, não conhecem quem tenha trabalhado comigo, não sabem como começou e evoluiu a minha carreira, não sabem as dificuldades e sucessos que vivi, não sabem nada. Sabem que hoje faço isto ou aquilo, e pouco mais. Por isso, parece-me de certa forma parvo vir para aqui com comentários sobre uma coisa que desconhecem. Mas lá está, aqui entro numa encruzilhada, numa situação em que sou preso por ter cão e preso por não ter. Se falo do meu percurso e das coisas por que passei, sou um convencido, um arrogante, um gajo que tem a mania, um chato, enfim, tudo o que normalmente gostam de vir para aqui chamar-me, mas se não concretizo, se não falo dessas situações, essas mesmas pessoas vão achar que nasci de famílias ricas, que sempre tive tudo o que quis, que sou um privilegiado de berço de ouro. Por isso, fico-me pelo meio termo, ou seja, digo apenas que sei do que falo quando falo de desemprego, de dificuldades, de contar tostões, de bater a portas, de ter de me reinventar, de investir em mim, de arriscar. Não, não vivo confortavelmente instalado no meu sucesso, procuro-o todos os dias. Chamem-me arrogante, vaidoso, convencido, o que quiserem. Mesmo que a vida me volte a deitar abaixo, como já me deitou várias vezes, procurarei sempre seguir este caminho que defendo, e que levou a que conseguisse reerguer-me sempre. Tive sorte, claro, e um dia posso não a ter, também é claro, mas mesmo que não a tenha nunca verei como solução baixar os braços, chorar a um canto a queixar-me do infortúnio e a culpar o mundo. Isso, nunca farei.
Ainda ligado a isto, mas falando de uma crítica paralela, que é a dos que me acusam de dizer as coisas como se fossem verdades absolutas, quero só dizer que isso se deve, efetivamente, a um estilo de escrita que eu impus no blogue, em que elimino frases como “na minha opinião”, ou “eu acho que”. Se o blogue é meu, se quem está a escrever sou eu, parece-me dispensável escrever “na minha opinião” ou “eu acho que”. Claro que é na minha opinião, e claro que tudo o que eu digo são coisas que eu acho. Mas, lendo as frases sem essas muletas, admito que possam soar demasiado afirmativas. Mas, como disse, é um estilo, não é por mal.
O argumento que mais me diverte usado por vários comentadores é o de que o meu sucesso se deve exclusivamente à minha mulher. Isto está ligado ao que disse anteriormente: as pessoas não sabem nada sobre a minha vida, mas gostam de mandar umas larachas. O que é isso do meu sucesso? O meu sucesso não se determina pelo número de visitas do meu blogue. O meu blogue é uma centésima parte do que eu sou, e representa quase nada na minha vida profissional. Eu não sou blogger, eu tenho um blogue, faço qualquer coisa para que ele tenha leitores, mas não é este blogue que determina o meu sucesso. O mais divertido aqui é que quando comecei a namorar com a minha mulher as pessoas escreviam no blogue dela precisamente o contrário: que ela só tinha sucesso por minha causa, e que tinha arranjado um marido rico, e que eu é que a levava ao colo e mais não sei o quê. Quando conheci a minha mulher, em 2008, tinha 13 anos de profissão, e não fazia ideia, sequer, de que ela era blogger. Mesmo depois de a conhecer, a minha vida profissional deu muitas voltas, para cima, para baixo, para o lado, que nada tiveram a ver com ela ou com a blogosfera. Mas esse lado da minha vida é invisível aos leitores do blogue, porque falo muito pouco sobre ele, logo, o único fator que têm para a analisar o meu sucesso é este blogue. Aí, como é óbvio, ela teve um papel decisivo, e já o escrevi aqui muitas e muitas vezes: milhares de leitores vieram aqui parar por eu ser marido de quem sou. Acham mesmo que eu não sei isso? Sei. Tal como sei que se muitos continuam a voltar todos os dias é porque algo se passa aqui que os faz voltar. Uns até podem voltar só porque adoram odiar, e vêm aqui só para chatear e destilar veneno, mas a maioria, acredito, vem porque gosta, e não gosta apenas porque é o marido da Pipoca a escrever, já que os nossos blogues têm muito pouco em comum.
Só uma última nota para responder aos que me acusam de insensibilidade por falar deste tema a quente. Admito, também, que possam ter razão. Mas aqui há uma questão que tem a ver com o tempo das coisas. Eu sabia do despedimento coletivo da Controliventes há pelo menos três semanas. Quando escrevi o texto, aquilo não era uma notícia do momento, era um assunto com semanas, que já me tinha feito pensar muitas vezes. Ainda assim, deixei passar um dia, e só depois escrevi sobre o assunto. Ainda assim, e como disse, admito que possa ter sido um tom demasiado duro para o momento, e se alguém se sentiu ofendido por isso, as minhas desculpas.
Com este texto fecho o assunto “Controlinveste”.
Concordo plenamente! Por exemplo, eu descobri o blogue através da Pipoca, mas só o continuei a ler porque de facto gosto e por ser dos poucos que fala de jornalismo.
Continue com o bom trabalho!
claudiapereira96.blogspot.pt
“Ter talento não é sorte. A sorte é que exige talento.”
Oh Ricardo e ainda ligas a isso? Devido à tua mulher…? Quem é a tua mulher…? loool. Por favor. A tua carreira fala por ti, não precisas do blog pra nada.
Sempre me disseram que a frontalidade era uma qualidade. Com o passar do tempo, e apenas tenho 22 anos, fui-me apercebendo que provavelmente é um defeito. Não porque as pessoas não o mereçam mas porque, simplesmente, não estão preparadas para a ouvir. A verdade doi e é sempre mais reconfortante ouvir o que queremos mas, ao contrário do que parece, é com as verdades da vida que chegamos longe. Não o acho minimamente arrogante e até considero o Ricardo um blogger pragmático e conhecedor da realidade. Ainda que eu tenha chegado aqui devido à pipoca, não volto todos os dias por ela pois os vossos blogs caem em âmbitos completamente diferentes. A pipoca é o reflexo de um lado “mais fútil” de qualquer mulher e o Arrumadinho é, sem dúvida, a cópia da minha visão do mundo. É por isso que volto, porque se não gostasse, não viria cá fazer nada.
Pedro Prostes: o homem que muito nos ensinou no 24horas.
Um abraço aos dois. Dois dos melhores com quem trabalhei.
Nuno Perestrelo
Foi a primeira vez que li este blog com olhos de ver. Gosto da escrita, da opinião e da maneira de ser que transparece pela escrita. Estava a procura de blogs novos e deparei-me com este verdadeiro disparate – dezenas de comentários , esses sim arrogantes, com um tom maldoso, tão longos e a dizer tão pouco. Pois claro que não pede autorização para dizer o que diz sendo que esta no SEU blog e não esta’ a impingir nada a ninguem.
Tal e a minha indignação que até escrevi um post no meu próprio blog acerca disto.
Gosto muito d’A Pipoca e agora gosto também d’O Arrumadinho. Continuem com o bom humor, bom gosto e bom português. E já agora continuem com pilhas de graça.
theportuguesepinkpie.blogspot.com
O tema por parte do Ricardo fechou (entenda-se “Controlinveste”) segundo o próprio, com este post.
Eu faria o mesmo no lugar dele.
Parece-me razoável o blogger lançar um tema, e fazer mais um ou outro post sobre o mesmo, muitas vezes fruto dos comentários que os leitores vão deixando, construtivos ou até nem tanto, E depois chega o momento de avançar.
Esta eventualmente seria uma regra aplicável a haver procedimentos sobre “posts em blogs”…mas nao há! e como tal o autor do blog é livre de falar e “refalar” sobre o assunto as vezes que entender e fechar o mesmo quando assim quiser.
Chamar de maçador, massacrante e redundante ao autor deste blog, é claramente um elogio. Tenho vários blogs na minha lista de leitura, de vários géneros e claramente, mas de longe, que blog que faz “render o peixe” de massacrante que é, não é este. O vizinho do lado JMT com o seu PD4 é assim algo de inexplicável. Não venho aqui defender este blog em detrimento de outro, faço apenas uma comparação quando houve tantas criticas à forma como o “arrumadinho” se coloca no seu próprio blog, quer pelos temas que expõe, quer pelo estilo, quer pelas suas opiniões, quer pelas vezes que fala do mesmo.
A sério…vão lá e digam-me lá se não tenho razão…é dantesco!
Mas enfim! “Só lá vai quem querer” (chavão que eu adoro ver nas caixas de comentários)
Quanto ao tema que originou a onda de criticas ao autor do blog, diria que muito se falou, e muita “gente” se pronunciou sobre o mesmo. E no meio desta chatice que são os despedimentos colectivos, as pessoas e neste caso, a classe em questão teve um ponto a seu favor… a “publicidade” e a escala deste despedimento em termos de cobertura oficial e não oficial, foi claramente muito maior do que em tantos outros casos que acontecem infelizmente neste país…!
Isto é, tocou exactamente a quem diariamente “faz” as noticias, e decide o que está na agenda do dia.
No dia do anuncio e nos seguintes, não se falava de outra coisa…em blogs, na televisão, nos jornais… mas os despedimentos acontecem neste país em tantos outros sectores e com dimensões e proporções bem maiores do que esta srs… é caso para dizer..”dói nao dói?”
O problema de grande parte dos portugueses é sofrerem do mal de inveja e serem preguiçosos. Às vezes é preciso 99 % de transpiração e 1 % de sorte…
Apenas para comentar que leio-o regularmente e não leio A Pipoca mais doce , como tal uma coisa não influencia a outra em nada.
Mantenha-se fiel a Si próprio . Ontem , hoje e amanhã .
Parabéns .
LS
Não precisa de dizer.
Se ele deixar de escrever você fica sem saber o que pensar.
Estou farta desta gente dizer que não se pode deixar comentários negativos.
Isto não é a casa do autor, isto é a internet. Bem-vindos, qualquer coisa que saia aqui é comentada por dezenas, centenas ou milhares de pessoas (depende das visualizações, claro).
Se o autor não quer feedback tem algumas opções: não aceite mais comentários, ficasse (esta já não dá) completamente anónimo, ou escreva no diário dele.
Claro que ninguém gosta de insultos, de comentários extremamente negativos nem nada disso. Mas é o que se aceita quando escreve na internet.
Opá…para essa gente…encolhe o mindinho,o seu vizinho,o fura bolos e o mata piolhos…sobra o pai de todos,que é para onde essas pessoas devem ser encaminhadas!! 😉
Parece-me evidente que muita gente chegou a este blog por causa da Pipoca mas só fica leitor quem gosta do que se escreve por cá e isso já nada tem a ver com a Pipoca.
É preciso ter cuidado com essa ideia de que “já não existem empregos para a vida” como se isso fosse uma realidade no mundo laboral português. O nosso mercado laboral não funciona assim, não há essa mobilidade entre empregos e empresas como apregoam. Temos cerca de 1 milhão de desempregados (já não temos tanto pq muitos foram para fora). Essa mobilidade, infelizmente, não existe.
Olá!
Como não gostei do que disse acerca dos despedimentos na Controlinveste (e noutros casos similares), vou fazer o que sugeriste – não vir mais ao blog – Arrumadinho dixit.
Marisa
Compreendo perfeitamente o que queres dizer e concordo contigo!
Sinceramente não compreendo o porquê de tanto celeuma por causa do reinventar… Enfim…
Arrumadinho, penso precisamente o mesmo!
http://ocadernodeardnas.blogspot.pt/
Post de dia 11/06:
“Hoje, quando escrevi o texto sobre os posts comerciais, ainda não estava a par da notícia dos despedimentos na Controlinveste.”
Post de dia 14/06 :
“Só uma última nota para responder aos que me acusam de insensibilidade por falar deste tema a quente. Admito, também, que possam ter razão. Mas aqui há uma questão que tem a ver com o tempo das coisas. Eu sabia do despedimento coletivo da Controliventes há pelo menos três semanas”.
Vira o disco e toca o mesmo
Eu gosto de ler o teu blog, às vezes concordo outras vezes não, o que me parece normalíssimo uma vez que ambos somos pessoas adultas e que pensamos pela nossa cabeça. Mas confesso que às vezes não percebo a tua indignação, o que faz o teu blog muito procurado são os textos polémicos como os dois anteriores a que te referes, as críticas, mesmo as menos educadas fazem parte da vida e já devias estar habituado. Não digo que gostes, mas já devias estar habituado.
Nos textos em concreto também acho que tens um discurso que me irrita um pouco. Se todos fossem pró-activos, criativos e muito empenhados o mundo também não funcionava, o excesso de competitividade e de ‘galos numa capoeira’ não deixava. As pessoas pacatas que gostam de fazer só o que lhes mandam são essenciais para o bem ambiente dentro das empresas, para o progresso. Todos os lideres necessitam de quem seja liderado.
Concordo com tudo o que disse nos post anteriores, mesmo que alguns digam que foi arrogante. Trabalho na área da Comunicação e deve saber, tão bem quanto eu, o quão difícil está arranjar emprego nesta área. No ano passado estive 5 meses desempregada e posso dizer que não foi nada fácil. Reinventei-me durante esses meses, a fazer trabalhinhos aqui e acolá para pagar as contas ao fim do mês, a mandar não sei quantos currículos por dia, a bater a todas as portas, já que não tinha direito ao subsídio de desemprego. Ficar parada é que não, até porque as contas não se pagam sozinhas! Tive de ir à luta, não me pude dar ao luxo de ficar em casa a chorar pelos cantos, até porque isso não ia adiantar nem ia resolver nada. No fim tudo acabou bem, porque fiz por isso, e também tive alguma sorte, sim, não digo que não. Às vezes somos nós que temos de criar as oportunidades!
Mas o meu comentário a este post deve-se a outra razão. Trabalho na Controlinveste. Não fui uma das 160 pessoas a ir embora, mas poderei ser uma das próximas. Mas deixe-me dizer que a maior parte não foi jornalistas, como referiu neste post. Foram 60 jornalistas, sendo que os restantes 100 foram administrativos, comerciais, trabalhadores do marketing, etc. Compreendo que, por ser jornalista, esteja mais solidário com os seus colegas, mas não é bem assim.
É preciso falar com paninhos mansos, não se vá ferir susceptibilidades!!
O mercado de trabalho é uma selva, ou comes ou és comido… Os últimos ensinamentos que me transmitiram na universidade foi precisamente que o emprego para a vida já não existe, hoje estas a trabalhar e amanha estas à procura.
Gostava de saber mais sobre a tua definição de sucesso.
Não somos todos iguais, acredito que lutas pelo teu sucesso todos os dias e que te tentas reinventar para ser melhor, mas não somos todos assim. Também há os incompetentes encostados, que eu acredito que são excepção. Acho que a maior parte de nós cumpre as suas funções todos os dias o melhor que sabe, e tem sucesso. E muitos de nós têm excelentes ideias para se reinventar e… não tem sucesso.
O sucesso tem várias faces: vendas, realização pessoal, reconhecimento pelos seus pares, etc. Gostava de saber mais sobre a tua definição de sucesso, não o teu, aquele que tu reconheces nos outros.
Estilo… já o tinha frisado aqui. ;))
Acho ridículo que ainda seja preciso, nos dias de hoje, andar a justificar opiniões.
Não que precise que alguém o defenda ou que a minha opinião importe alguma coisa mas gostava de dizer que admiro profundamente o seu trabalho. Conheço pouco do seu percurso e sim, conheci o seu blog através do blog da sua esposa, como poderia ter sido aleatoriamente numa pesquisa na internet, a verdade é que já há anos que volto cá para ler os seus textos e gosto muito do que escreve e como escreve. Claro que a blogosfera é um mundo que ainda é feito mais por mulheres e para mulheres mas é indiscutível que o que faz, faz bem e, provavelmente, com um grau de dificuldade acrescido em conseguir ser bem sucedido.
Sei bem que há pessoas que têm mais “sorte” do que outras mas somos sempre nós que mais podemos fazer pelas nossas vidas. E, muito sinceramente, acho que o que escreveu não causou reacção por ser um dia depois ou teria sido diferente uma semana ou um mês mais tarde. É sempre mais fácil que nos digam que somos uns coitadinhos e não temos mais a fazer do que sejam duros e nos digam para lutarmos por mais.
Para terminar acho que sim, deve ser um grande vaidoso! Não conheço muita gente que com a sua idade possa fazer o que gosta, seja bem sucedido e ainda consiga conciliar o trabalho com uma vida que lhe dê prazer.
Muita “sorte” para si e para a sua família!
Não sou jornalista nem percebo muito desse mundo mas o que o Ricardo refere é transversal a todas as áreas! Atualmente, quem não se reinventa, quem não quer aprender mais e adaptar se às novas tecnologias e realidade sai a perder. Ok, pode não ser tudo e de facto os bons empregos já rareiam mas entendo tudo o que o Ricardo disse e concordo. Só quem tiver muita vontade de embirrar é que pode tirar outras ilações.
P.S. Há exceções claro, de pessoas que mesmo mantendo os vícios antigos de trabalho continuam sem fragilidades como é o caso de Migue lSousa Tavares, que rejeita categoricamente o uso do Facebook e outras redes sociais mas a diferença é que ele pode! E a maior parte de nós tem mesmo de progredir!
Bjinhos ah e o Ricardo é um grosso todo giraço! ahahaha não tem nada a ver eu sei, mas pronto ao menos digo tudo! 🙂
Caro Ricardo, não tenho por hábito comentar blogues porque, são textos de opinião de autor, logo, só os lê quem quer, só visita o blogue quem lá clicar no ícone (ainda não tive nenhuma pistola apontada para o fazer). No entanto, decidi excepcionalmente deixar aqui registado não o meu espanto, mas a certeza que efectivamente estamos cada vez mais rodeados de pessoas mesquinhas, mal-formadas, egoístas e invejosas: é este o auto-retrato da maioria dos portugueses e são estes os valores que vão passar para as gerações vindouras. Esta afirmação não tem como base nenhum estudo da Católica, apenas considerei a maioria dos comentários que foram sendo deixados nos dois post anteriores. É lamentável que não o respeitem enquanto autor, é lamentável que não o respeitem enquanto homem, é lamentável que não o respeitam na sua própria casa (O SEU BLOGUE)-quando é que os pseudo-leitores-intelectuais entendem isto? Se querem protagonismo criem o seu próprio blogue… Termino com uma reflexão: não achou estranho a dimensão que este assunto tomou, curiosamente após ter anunciado que o seu blogue iria passar a ter um carácter mais comercial? É a inveja a funcionar…Money, money, money goes world around… Boa sorte e acima de tudo que nunca lhe falte a si, á sua família e a todos os leitores aquilo que realmente é o mais importante na vida: saúde, e da boa.
Bem isto há com cada coisa!! Eu admito que conheci o blog devido ao da Pipoca, mas não foi isso que me fez e faz voltar sempre, quase diariamente, mas sim o Ricardo, os seus textos, as suas opiniões, tudo o que aqui podemos encontrar. Lembro de no facebook de uma amiga comum, a Mariana, ter feito o infeliz comentário de que ela conhecia o Arrumadinho, o marido da Pipoca, e que a partir daí se desenrolou uma conversa imensa, na qual eu, como pedido de desculpas, lhe ofereceria dois croissants do Careca e uns pastéis de Belém, e até ameacei entregá-los na Bazaar Chiado, missão que me foi negada, devido à forte probabilidade de os bolinhos já não chegarem a casa!! Foram uns minutos engraçados, em que tive direito a um post exclusivo sobre os nomeados aos Óscares e à honra de poder ter direito a alguns minutos do tempo de uma pessoa que admiro muito. E assim, desde então, continuei, como já fazia, e continuarei a ser a visita do costume, que já conhece os cantos à casa, que visita os três blogs da família e que já tem o link do blog na categoria dos favoritos! E assim espero continuar a poder contar com a sua companhia, aqui no sítio do costume!! Obrigada Arrumadinho!!
Que paciência que tem, para aturar esta gente…as pessoas realmente não têm noção, levam tudo para o lado negativo, maldoso e mesquinho… Não perca tempo com a dar explicações a comentários inúteis e perfeitamente idiotas…é isto o nosso país, as pessoas vêm arrogância, vaidade onde não existe só porque querem dizer mal…
Concordo plenamente em que os jornalistas e a área dos media têm que se reinventar.
Trabalhei numa multinacional de IT e o meu mercado era os media, tive reuniões com os principais grupos e claramente os jornalistas eram os mais resistentes ao digital é à mudança associada.
Pena que as pessoas não queiram conhecer casos de sucessos e conselhos de quem conhece esta classe em particular… É mais fácil atacar e sobretudo ser se pequenino e mesquinho…
Já fizeste coaching? é uma boa ideia! Há um exercício em que fazemos uma analise fabulosa. Como nos vemos, como os outros nos vêem, como gostávamos de ser vistos…penso que há trabalho a fazer nessa área, digo eu que sou engenheira
Eu concordo com a essência daquilo que redigiste.
Apesar de pertencer ao grupo de pessoas que veio cá parar pela escrita da PMD, e não obstante os estilos de prosa serem distintos (a Ana é uma moça bem mais divertida :P), por norma retiro prazer de vários assuntos abordados por ti.
Contudo, há uma observação que gostaria de fazer, pois discordo da ideologia que versa a sorte como algo directamente proporcional ao trabalho e empenho.
Ter sorte não me parece algo que exija labuta, mas o favorecer do acaso, sendo que está longe de ser uma retribuição de mérito. A meu ver, e não crendo na existência generalizada de felizardos e malogrados, existem eventualidades benéficas e outras prejudiciais na nossa vida, sendo que, não raras as vezes, acaba por dar-se uma harmonia ao longo do nosso percurso.
Ainda assim, também existem pessoas que não vêem os seus esforços retribuídos, e existem outras que, quando auxiliadas através de favores, reclamam ser obra do seu engenho.
Depois, existem muitos casos de pessoas que, a terem sorte, acabam por dissipar todos os benefícios que dela sucedem.
Seja como for, estou em crer que a sorte não requer trabalhinho.
Ricardo sou sua seguidora há bastante tempo e penso que quando as pessoas deixam aqui comentários à sua pessoa é ao Ricardo blogger. As 98% das pessoas que comentam, comentam com base nos seus textos e já se sabe que isto da escrita às vezes tem mais do que uma interpretação (esse é um dos motivos porque eu sou uma pessoa dos números:). Acredito que o Ricardo seja uma pessoa extremamente positiva. Aliás a Pipoca já referiu mais do que uma vez que o Ricardo é um desses seres estranhos em que vè sempre o lado bom em tudo. Infelizmente nem todos têm essa força. E depois também concordo com algumas pessoas que dizem que porque o Ricardo tem uma vida confortavel não faz uma boa avaliação da situação. Não vale de nada baixar os braços mas as coisas também não estão fáceis e outro dos problemas que existem é que por vezes as pessoas reinventam-se mas não são felizes e isso acaba por ter impacto na produção. Outra coisa que é extremamente frustante é a questão da rede de contactos. Eu tive colegas de faculdade que eram muito piores que eu, muito menos empenhados e que pelas suas redes de contactos arranjaram logo emprego. No nosso país hoje está seguro quem tiver uma boa rede. E é por isso que cada mais no país se vè a diferença entre classes.
No fundo tudo isto para dizer que acho esta troca de comentários, uns mais calorosos do que outros, é apenas uma forma de mostrar a frustação e o sentido de impotência que existe no país.
Mas tu és daqueles “mais brilhantes”…
Concordo com o Arrumadinho, hoje em dia se alguém está bem na vida seja em que campo for, profissional, económico ou afectivo tem de pedir desculpa. Acho patético certos comentários, eu venho aqui porque gosto do que o Arrumadinho escreve, coisas que concordo, outras nem tanto mas cada pessoa é como cada qual e ainda bem que é assim se todos tivessemos as mesmas opiniões seria grave. No entanto mais grave ainda é as pessoas quererem que todos pensem e comportem da mesma forma, lamúrias e queixas. E o sucesso como o arrumadinho disse é interior e o grande mal dos portugueses é querem mostrar aos outros que são muito bons e depois não estão bem consigo mesmos. Parabéns pelo blog!
Gostei da resposta e completa o raciocínio anterior. Não acho que sejas arrogante e, agora, sei que tens bastante maturidade…
Não defendes que todos os que se possam redescobrir vão a ter sucesso… Isso e obvio porque não ha lugar a tanto empreendorismo nem tantos freelancers… Agora uma coisa, como dizes, é bem certa: o imobilismo, esse sim, é absolutamente determinante no fracasso profissional de cada um de nós.
Nem todos conseguirão safar-se desta tragédia chamada desemprego… Mas uma garantia é certa, em casa parado é que nada muda mesmo. Acho que foi esta a ideia que quiseste passar.
Um individuo queixava se do seu infortúnio ao Senhor, semana após semana, que não o tirava daquela condição não o fazendo ganhar a lotaria… Até que um dia, meses depois de ouvir aquela lamúria, a voz do Senhor se fez ouvir – Compra lá ao menos uma cautela!
Boa sorte a todos os que foram despedidos e estão desempregados por esse pais afora. Muita força. Ninguém os culpa de coisa nenhuma… É o país que temos…
Oi?!
Afinal já sabias dos despedimentos há, pelo menos, 3 semanas? Mas no dia 11 disseste que quando escreveste o texto relativamente aos posts comerciais, ainda não estavas a par dos despedimentos. Não estou a perceber…
Meu deus arrumadinho, não sei como tens paciência para aturar estas coisas..
E só num toque final, este até foi dos textos referentes à Controlinveste o que menos “gostei”, não sintas a necessidade de responder/ou justificar a pessoas que parece que acham que o caminho do sucesso é esperar no site do centro de emprego que lhes caia algo do céu! E que vêm para aqui destilar!
Parabéns por tudo e força! Faltam pessoas como tu com um voz sóbria e real!
Continuo com a ideia que estamos constantemente a levar com um sermão. Portamo-nos mal e agora levamos tau-tau!
Talvez seja a maneira como escreve, Arrumadinho, que não transmite humildade…
Como dizia o outro: “É preciso bater punho!”
No fundo todos querem ter sucesso (e ter sucesso pode ser sinónimo de muita coisa para muitos, menos de sucesso), mas que isso não dependa de mudar muita coisinha. Isto fez-me lembrar um pouco a intervenção do outro tipo do “bater punho”. A primeira vez que ele falou nos “Prós e Contras” era toda a gente a partilhar nas redes sociais que sim senhor aquele individuo tinha a visão que era preciso, tinha toda a razão, mostrou-lhe como é… Depois esse mesmo tipo que era cheio de ideias disse, entre muitas coisas, que era preciso trabalhar, era preciso mudar, sair do conforto, ser diferente, mas ir à procura. Estragou tudo.
Num blog ou num comentário televisivo dizer que temos que trabalhar mais, é crime. Ninguém gosta. Mas depois, no dia a dia, vamos às finanças, vamos ao café, vamos aquele e este serviço e estamos sempre a ver pessoas com atitudes arrogantes e com “acusações” de que naquele local “não querem é trabalhar, não fazem nada!”.
Resumindo: Que perfeitos que somos na internet.
Agora comfundiu-me… tinha dito que quando escreveu o post não sabia dos despedimentos, agora já sabia a 3 semanas? Ricardo, não se enterre mais. Tanto você como a sua mulher têm perdido humildade a olhos vistos, eu que gosto tanto dos dois noto nitidamente. Não pensem que têm o rei na barriga, a Pipoca depende das visualizações do blogue é tem tido algumas atitudes pouco profissionais. Isto não é uma crítica como você quer achar que é, mas sim um alerta. As estatísticas mudam facilmente meu caro. E o que não faltam são blogues em crescimento…
É a sociedade que temos! Hoje em dia as pessoas não ficam contentes com o sucesso dos outros… Não perca muito o seu tempo a pensar em gente ignorante e sem um pingo de humildade! E sim conheço este blog através do da Pipoca. E depois? Volto aqui porquê? Lá está porque gostei 😉
Continuação de um excelente trabalho 🙂
Eu não venho comentar sobre o jornalismo porque sou estudante de jornalismo logo o meu contacto com este mercado de trabalho é feito através das experiências que me contam. Mas posso dizer que na faculdade nos dizem sempre que uma capacidade que temos de desenvolver é a da auto-crítica e da inovação, porque se não inovarmos e nos reinventarmos vamos facilmente ser descartáveis.
O que me leva a comentar é aquele parágrafo acerca da Pipoca.
Eu sigo o blog da Ana desde 2007 ou 2008, quando comecei a vir para a “blogosfera”. O seu blog, por exemplo, comecei a segui-lo quase de início e nem sabia que havia ligação entre a Pipoca e o Arrumadinho.
Acredito que haja muita gente que só visita o blog por haver esta ligação mas eu muitas vezes até me esqueço, num blog ou no outro, de que são casados. E o sucesso de um não determina o do outro. Pode ajudar mas não determina.
E aquilo que me agrada, tanto num como no outro, é que, mesmo com estes milhares de visitas diárias ambos continuam a expressar opiniões de forma sincera e só falam daquilo que sabem – nunca ficando só por dizer coisas para agradar aos outros.
Havendo cada vez mais blogs, das mais variadas pessoas, acho incrível que continuem a fazer o vosso “trabalho blogosférico” tão bem. E estão ambos de parabéns por isso.
A inteligência e o sucesso aborrecem muita gente. Concordo com tudo o que disse, nos três textos. Finalmente estamos a chegar ao momento, neste país, em que acaba o dinheiro para manter tachos e arranjinhos. Logicamente que, agora, não vão ser só esses a sofrerem as consequências das décadas de jeitinhos e cunhices. Resta só seguir.
Pois… essa é uma grande verdade. Parece que fica mal não estar em crise, não estar desgraçado e a queixar-se de tudo. Faz-me confusão, mesmo muita, o tempo que se perde a vir para aqui (blogosfera) só para mandar os outros abaixo. É uma coisa que me faz confusão. E a facilidade com que as pessoas dizem que, se alguém tem sucesso, é porque teve cunha, é porque casou com este, é filho daquele. Isso é uma completa idiotice. As pessoas são realmente estranhas. Existem, de facto, muitas pessoas que pouco valem profissionalmente, e que têm empregos à cista de pais, amigos e namorados, mas esses topam-se ao longe, são os que vão picar o ponto e arrastam-se 8 horas no escritório, entre o telemóvel e as Redes Sociais, fazendo o mínimo possível o dia todo. Agora colocar no mesmo saco as pessoas que apresentam trabalho é um pouco esquisito. Simplesmente não percebo.
Irra, homem!
Esquece isso… Passa para outra!
O blogue é teu, com certeza, escreves o que quer se da forma como querers. Mas, seguramente, nunguém escreve apenas para si próprio…. O giro é a interacção com os demais, daí que me sinto legitimada para escrever.
ESQUECE! Passa à frente.
Mais textos com o tom de que “sim, eu compreendo, isto é um estilo, nào é por mal mas vocês é que percebem tudo mal e eu afinal tinha razão desde o primeiro post” não ajudam em nada.
Arrumadinho você tem toda razão hoje em dia vivemos numa sociedade tão pessimista e conformada que é “praticamente” proibido esta feliz com o nosso proprio sucesso, e mais uma vez concordo com você, sucesso interior é muito mais importante, voce pode exercer sua profissão seja ela qual for ganhar rios de dinheiro e não ser feliz, não sentir verdadeiramente o sucesso interior. I sso incomoda as pessoas que não quer e não tem interesse em crescer, pessoas que leva a vida nas costas como se ela fosse um pesado fardo.
Parabéns pelo seu sucesso, pelo seu casamento e pela sua linda familia você merece isso e muito mais Bjinhos ♥
Ricardo já sabe que as pessoas gostam de dizer mal seja do que for. . Enfim as pessoas gostam de desgraças porque assim se conseguem sentir melhor nas suas vidas muitas vezes chatas e medíocres. Não gostam de sucesso porque isso as afronta e as obriga a pensar, o pior é que em vez de pensarem em formas de se superarem pensam que os outros atingem sucesso por sorte ou por cunha. Nunca por mérito. Raramente ouvimos alguém reconhecer que tem pontos a melhorar, não, são sempre bons profissionais, nada a melhorar e se acontece alguma coisa foi falta de sorte ou perseguição. Se o colega ao lado é promovido é porque teve sorte ou é amigo de alguém. ..
Haters gonna hate !!
Não vale a pena 😉
Boring…..
Ficam impressionados com despedimentos colectivos na área da imprensa? A sério? Só alguém completamente alheio à realidade atual é não sabe que a imprensa é um sector em profunda remodelação, tanto a nível de formatos como da própria gestão da coisa. Já se fala disto há pelo menos 10 anos, que o formato do papel vai desaparecer, que não vão ser precisos tantos “jornalistas”, que a maioria dos grandes grupos de imprensa vão desaparecer, etc. etc. etc.
Eu não entendo como é que pessoas que escolhem este tipo de profissões ficam supreendidos quando este tipo de reduções acontecem e depois são apanhados desprevenidos, sem um plano b. A sério? Não conseguiram antever esta mudança de paradigma? Isto não é insensibilidade, é apenas instinto de sobrevivência.
Há uma diferença GIGANTESCA na formação entre as gerações de portugueses, na forma de trabalhar e isso é simplesmente inegável. A cruel realidade é que muitas das pessoas que estão neste momento a trabalhar, que entraram há 30 anos no serviço, simplesmente não conseguiriam um emprego nas condições actuais, com os critérios actuais produzidos através da competição do mercado.
E com isto não quero andar aqui a atirar culpas, algo que é completamente irrelevante, mas a verdade é que vivemos hoje num mercado económico muito sofisticado e estamos na maior parte das situações a ser geridos por patronato nada sofisticado, a grande maioria com pouca formação, descontextualizados e pouco actualizados. E não tenham dúvidas, é a ignorância geral do povo portugues que de uma forma ou de outra contribui para o impacto desta crise mundial no nosso país. E não se iludam, ainda há muita ignorância neste país, seja na forma como encaram os estudos, a carreira, a gestão do dinheiro, a gestão do poder, a gestão do direito, enfim, no fundo a educação.
Não é nada fácil viver e trabalhar em Portugal. Não é fácil ganhar dinheiro em Portugal, uma economia pequena e logo tradicionalmente com margens de lucros reduzidas. Um país com mentes pequenas e egos enormes, com uma dificuldade tremenda em lidar com situações de competição, onde qualquer desafio é frequentemente recebido como uma ameaça e onde a inércia e o queixume são posturas aceites e quase encorajadas. Mas isto não foi a crise actual que trouxe, isto são os problemas de sempre que as pessoas insistem em não corrigir. Talvez isto seja o grande ponto positivo a retirar destes anos, talvez nos aproximemos para uma mentalidade colectiva mais esclarecida.
Nunca me passaria pela cabeça tecer juízos de valor acerca da vida de uma pessoa que não conheço. E isto não muda só porque essa pessoa tem um blogue e, de certa forma, sinto uma proximidade. É uma proximidade ilusória e eu acho que a maioria dos leitores não tem essa noção. Ainda não li o post anterior, mas a julgar por este, foram feitas acusações muito graves e que magoam. É preciso ter uma auto-estima à prova de bala para engolir certos desaforos. E não digo isto só do teu blogue. Acompanho o da pipoca e fico chocada com a malta que faz certos comentários perfeitamente descabidos com o mero propósito de ofender e magoar (a maioria tem fundamento nulo). Enfim, os cães ladram e a caravana passa. Uma troca de opiniões é sempre saudável, mas esta ofensa gratuita faz-me espécie. Haja coragem para continuar!
Mais do mesmo.
Ora cá está uma resposta à altura. E verdadeira, verdadeira!
O sucesso é interior…
Mariana S.
Eu venho cá porque gosto muito de o ler. Admito que vim por causa da Pipoca mas, se volto, é porque algo aqui me atrai. Continue assim, Ricardo!
Ao ler o que escreveu imaginei-o a dar aquelas palestras de motivação e empreendedorismo num auditório cheio de gente. Tem perfil. E seria muito bom algumas pessoas que comentam o seu blogue ouvirem essas palavras, para ver se cresce nelas algum sentimento de “eu posso”, “eu quero”, “eu vou à luta”. Sempre seria melhor isso do que roerem os cotovelos de inveja quando fala de si e da sua vida.
Felicidades.
Mariana S.
Neste Mundo dos blogs nunca fiz um único comentário, mas não posso deixar de dizer que é um exemplo de como há pessoas que só estão bem a criticar seja aquilo que for dito. Não percebem que isto dos blogs é um espaço onde cada blogger escreve a sua opinião e só a sua opinião. Não percam tempo e anos de vida com aquilo que os bloggers escrevem por seu puro prazer e por ser o espaço deles. Limitem-se a ler e a retirar o que pensam haver de positivo e negativo. Cometem positivamente se concordarem e comentem negativamente mas com ideias construtivas e sem ser na base da ofensa e na má educação. Ao Arrumadinho uma dica não perca “posts” a explicar-se a quem não o deve fazer e continue a comentar a atualidade nacional como faz como poucos. Nem sempre concordo com o que escreve mas é sempre um prazer e quase sempre fico mais esclarecida sobre os assuntos que aborda. O meu obrigada.
Compreendo e respeito tudo isso, afinal, o blog não é teu? A vida não é tua? Algumas pessoas precisam de se alimentar da vida das outras pessoas para conseguirem viver a sua… Beijo grande
reli o meu comentário e constatei que vai com erros que eu tanto destesto. rectifica esta parte, pff: O prazer que foi ver-te crescer na profissão, ao contrário de outros, que por pensarem saber tudo, ou por uma qualquer ordem de complexos, resistiam às minhas observações.
Tanto insulto e histeria que correram por estes últimos posts, só de os ler (coisa que hoje excepcionalmente fiz para perceber o contexto deste último post) fiquei agoniada com tanto veneno e julgamentos gratuitos de valor… É uma pena que o nosso povinho não consiga lidar com uma pessoa feliz, bem resolvida, com opiniões e que sabe o que quer como o Ricardo. Quem não gosta, não passe por aqui, tão simples quanto isso, evitavam-se aqui muitas figuras tristes de pessoas mascaradas pelo seu anonimato… Não sou uma admiradora por aí além do Arrumadinho, apenas gosto de ler aquilo que escreve aqui porque aprecio as suas opiniões sólidas e sem rodeios, e ainda que nem sempre concorde com o que diz, respeito-o por não ter medo e dar a cara por aquilo que acredita, coisa cada vez mais rara neste país… Cumprimentos, Ana.
Concordo contigo a 100,13%.
Ricardo, não vejo necessidade em justificar o seu parecer, a sua opinião que é, apenas, uma opinião.
As pessoas, regra geral, não conseguem “dividir” as águas, tornam-se, sim, chatas e fatalistas.
O Ricardo disse tudo aquilo que muitos de nós pensa e não fala por poder vir a ser apontado da mesma forma que o Ricardo o foi.
Tenho 26 anos, trabalho por conta própria há 2 anos e sei o quão difícil é batalhar para alcançar objectivos. É uma luta diária. Mas também sei que isso se deve a todos os pontos que mencionou nos dois posts que colocou para o efeito.
Há sempre o factor sorte, e, infelizmente, não conseguimos alterar, mas também necessitamos de mudar muita mentalidade, porque a crise está, acima de tudo, na falta de valores e princípios.
Espero que tudo lhe corra pelo melhor e que o sucesso seja palavra de ordem no seu dia-a-dia, que é e sempre será uma grande chatice para muitos dos seus leitores. É a realidade para muitos de nós. Enfim…
Felicidades!
Trabalho por minha conta, nunca tive falta de trabalho, umas vezes mais, outras vezes menos numa área de “topo no desemprego”, em que quase todos os meus colegas não trabalham na área. Faço questão de começar por dizer isto para explicar que no entanto não consigo conceber um discurso que tanto se esforça por ser assertivo mas que depois acaba por se revelar num sentido que é sempre o mesmo: o de que controlamos totalmente o nosso percurso e que acabamos por ter o que merecemos. Apesar de concordar com muitas das suas opiniões, fica sempre subjacente a ideia de que quem é bom acaba sempre por conseguir e que quando tal não acontece é porque alguém não se está a esforçar o suficiente. Vai pontuando o tema “sorte” por exemplo, mas numa atitude politicamente correcta. De facto, do ponto de vista racional coloca tudo direito, espreme tudo muito bem, rebate até à exaustão tudo o que lhe é dito. Sabe fazê-lo e fá-lo bem. Mas depois existe uma coisa que se chama sentimentos e que não obedece a essa lógica linear.
Quando aos números do blogue da sua mulher (que não tem nada de errado na minha perspectiva tem sucesso e um estilo próprio), é uma forma confortável de destronar qualquer opinião que o critique. É como dizer mal do MacDonalds, achar que tem comida de plástico, mas depois responderem-me que em quase todo o mundo bate recordes de venda.
Sinceramente, fico satisfeito que estejas bem e que muitos sucessos ainda estejam por vir. Gosto de ler alguns dos posts apesar de discordar dos últimos. Contudo, n considero que a evolução de carreira se deva à pipoca, etc. Apenas achei o post pretensioso. Muito sucesso
Blá blá blá whiskas saquetas. Não é com paninhos quentes, com a conversa do “ah e tal voçês não me conhecem” que se muda a opinião de alguém. Conhecemos aquilo que o Ricardo nos mostra, aquilo que nos dá a conhecer de si. E sim, parece mesmo que fala de barriga cheia, com insensibilidade, frieza e cola-se um pouco à imagem da pipoca. Nada contra, mas não nos venha com falinhas mansas quando a imagem que temos de si é a que nos transmite.
Obrigado Pedro. Tu és dos que se procuram reinventar e aprender novas competências. És dos inconformados que perante uma situação idêntica a esta procurou outro caminho, que te levou, para já, a escreveres um livro brilhante. És dos que, inevitavelmente, terão “sorte”. Abraço
Caro Pedro, para mim o sucesso não se mede por “referências”, mede-se por coisas tão simples quanto: faço o que gosto, o que quero fazer, estou feliz com as minhas opções, sinto-me realizado e estou satisfeito com o que ganho. Sendo que as coisas que faço, felizmente, não se resumem ao jornalismo. O sucesso é interior. Já ocupei posições de muito maior destaque no jornalismo, já ganhei muito mais dinheiro e, no entanto, não sentia nada do que sinto hoje. Uma coisa é o sucesso aos olhos dos outros, outro é o sucesso interior, que é o que me importa. Mas eu sei que custa ouvir isto. Hoje em dia, é proibido estar-se de bem com a vida, eu sei. Lamento estar.
Quão complacente! Deixaste passar um dia, mesmo assim. Espero que esteja tudo bem.
Lol acho pior a emenda que o soneto. Sucesso? Qual sucesso? Ok, carreira regular, com evolução normal. Fala como se fosse uma referência do jornalismo nacional ahahah
Agora sim… esse tom mais moderado fica-te bem. É que, como dizes e bem, as pessoas não te conhecem. Trabalhaste comigo e testemunho a tua humildade e vontade de aprender. O prazer que foi ver-te crescer na profissão – ao contrário de outros que, por pensarem saber tudo ou por uma qualquer ordem de complexoss – resistiam às minhas observações. Um abraço. Pedro Prostes