Por estes dias fala-se demasiado de nazismo, de extrema-direita, por boas e más e razões, como uma preocupação social, mas também como arma política.
Crescem os movimentos nacionalistas extremistas um pouco por toda a Europa, o que nos deve preocupar a todos, democratas, que entendemos a sociedade como livre e em que o respeito pelos direitos humanos não é, sequer, discutível. Ainda ontem ouvi na TSF declarações de Rainer Höss, neto do comandante do campo de concentração de Auschwitz, Rudolph Höss, que alertavam para a necessidade de não podemos “dar os direitos humanos como um dado adquirido”, palavras que me perturbaram mas que funcionaram, também, como um alerta. A História, não tão longínqua quanto isso, mostra-nos que os acontecimentos se repetem, e que se ainda há 70 anos se matavam milhões de judeus na maior potência da Europa, então, o perigo de uma atrocidade do género se repetir é real. Rainer Hess gravou a declaração, que podem ver mais abaixo, deu-lhe o nome “Never Forget”, e acrescentou-lhe um “To Vote”, incentivando-nos a, dia 25, votarmos, dizermos qualquer coisa sobre a sociedade e a Europa que queremos.
Em Portugal, a extrema-direita nacionalista é, felizmente, insignificante. Resume-se a meia-dúzia de cabeças rapadas que acham que isto vai lá é mandando os pretos para África. Ainda assim, o tema do nazismo, foi trazido à campanha eleitoral das Europeias por Manuel Alegre, do PS. O poeta comparou a candidatura de Paulo Rangel e Nuno Melo, da Aliança Portugal, a um regime nazi. Ao fazer uma comparação destas, o socialista mostrou um profundo desrespeito pelos adversários políticos, e usou uma arma ilegítima, a da mentira, a do falseamento de uma realidade, a da imposição do medo pelo regresso de um fantasma que não existe. Depois, Francisco Assis, o candidato socialista, fez pior. Em vez de se demarcar desta comparação absurda, fez birrinha de criança, respondeu com uma espécie de “a culpa é deles! eles é que começaram!”, ao dizer que o PS só respondeu aos ataques vergonhosos que o PSD e o CDS lhe têm feito. É mentira, caro Assis, uma coisa é discutir política, é fazer acusações políticas, é, até, mascarar um pouco a realidade para fazer parecer que o adversário é muito pior do que efectivamente é, e outra, bem diferente, é comparar um partido democrático, que defende valores democráticos, com um movimento nazi. Ao fazer isto, Alegre e Assis perderam todo o meu respeito nesta candidatura europeia. Foram pequeninos na argumentação, no caminho que escolheram seguir. Ultrapassaram, largamente, a fasquia que separa o aceitável do inaceitável.
Quase ao mesmo tempo que nasceu esta polémica, rebentou outra, sobretudo nas redes sociais, depois de o novo jornal online, o Observador, ter publicado a história de amor entre Mário Machado, fundador da Hammerskins Portugal, e a mulher com quem é casado. Muita gente criticou o jornal por dar voz a um nazi, colou o Observador à extrema-direita e desenvolveu uma série de teorias sobre a origem do jornal, aos seus accionistas, e a agenda política escondida dos mesmos.
Sobre isto, tenho duas coisas a dizer. A primeira, é a de que sempre defendi que os jornais, sejam eles quais forem, não devem dar voz a que defende ideologias que vão contra a nossa constituição, a quem defende políticas de discriminação racial ou que levam à violação dos direitos fundamentais das pessoas. Logo, seria radicalmente contra, por exemplo, uma entrevista a Mário Machado, em que ele pudesse expor as suas ideias. Ele é seguramente livre de pensar o que pensa, de organizar os seus grupos de extrema-direita para ir bater em negros e ciganos (arcando com as consequências legais dos seus actos, como já aconteceu no passado), mas os jornais não devem dar visibilidade a esses actos e a essa ideologia.
Isto cola com a minha segunda ideia, que é a de que o Observador não fez isso. Na reportagem que li, conta-se uma história de amor entre duas pessoas totalmente diferentes. Uma delas, por acaso, defende ideias extremistas, tem uma visão que eu acho condenável da sociedade, mas nada disso é abordado a fundo nesta reportagem feita por uma jornalista com quem já trabalhei e que admiro, a Sónia Simões, e que sei que fez este trabalho com o único intuito de contar uma história, uma boa história, em que, por acaso, um dos protagonistas é o Mário Machado. Se em vez dele, a história fosse com um homem que matou 20 pessoas, para mim, nada mudava, continuaria a ser uma história que merecia ser contada, e que eu gostaria de ler, gostando ou não do protagonista. Acredito, no entanto, que se os crimes de Mário Machado fossem outros a indignação não seria a mesma.
Não me preocupa que se fale de nazismo e de extrema-direita. Vejo nisso, até, uma oportunidade de todos, como disse Rainer Hess, nos lembrarmos do que é e do que foi o nazismo. E essa oportunidade surge-nos de cada vez que nos é pedido um voto. O próximo é já dia 25. Por isso… “Never forget”. “To Vote”.
Ricardo tem imensa razão. O nosso partido de extrema direita não pode ser ultrajado dessa forma, e comparado a um partido nazi por o sr Manuel alegre, como se fossemos todos burros e pudesse dizer ao povinho o que bem entende, porque temos é que ouvir a sua voz da razão. Esse senhor esta senil. É q eu acho infelizmente. Este governo de centro direita e extrema direita defende a democracia acima de tudo, e como alguém informada que sou, sei que teem feito um trabalho bastante aceitável numa altura em que qualquer governo que tome as medidas necessárias e responsáveis para equilibrar as contas do pais será apedrejado e insultado. Entramos e saímos da troika pela mão deles. Teríamos entrado de qualquer maneira com qualquer outro partido no governo. Mas saído … com um governo ps de Assis de seguro ou de alegre não me parece. Sejam justos e realistas PF. Já nos fazem de burros o suficiente.
Fiquei estarrecido quando afirma que o país deve muito ao alegre!Não será o contrário?Mas e já agora:será que não conhece estas duas histórias a respeito desse “vate”?Então aí vão:”desertou” de Angola e fugiu para Argel. Sabe o que fazia lá:era a voz de Argel, em que dava apoio “logístico”e moral aos inimigos de Portugal na altura. Até se diz que informava as posições dos soldados portugueses que em Angola caiam como tordos devido às informações do alegre. A segunda:lembra-se que até ele próprio se mostrou surpreendido quando passou a receber uma reforma de mais de 2 mil euros,por ter estado 3(TRÊS) meses na RDP. Claro que não se preocupou em devolver tal mesada. E pelos vistos continua a recebê-la!Foi só por isso que lhe respondi. Afinal,quem deve a quem?Por alguma razão alegre é o sr.visconde “garrafão”de Águeda!
Caro Ricardo, bons pontos que lança neste post.
Creio que há alguma imprecisão na forma como relatava a história Rangel/Alegre. A resposta do velho bardo socialista foi indigna (asobretudo pelo recurso inaceitável ao nazismo). mas não é possível ignorar que um candidato que se devia dar ao respeito chamou “vírus” aos adversários.
Em demcracia isso não é aceitável.
Quanto ao Observador, aquilo para mim está mais que apresentado. Será que dura para lá das legislativas de 2015?
Será que alguma vez foi para durar mais que isso?
Quem quiser que o compre. Mas saiba ao que vai.
Cara Pandora. Nada, rigorosamente nada, me move contra Manuel Alegre, por quem tenho respeito e admiração. Agora, isso não significa que concordo com tudo o que diz ou com tudo o que faz. Neste caso, acho que errou e errou de forma grave e que considero inaceitável. É só isso. Quanto ao nome em minúsculas, sinceramente, não sei onde é isso está, e, onde quer que esteja, será sempre uma gralha. Não desconsidero as pessoas escrevendo nomes em maiúsculas ou minúsculas.
Caro anónimo. Não sei o que é que este post tem a ver com isenção. Não sou isento em relação a quê? Isto é um texto de opinião e a opinião, por natureza, nunca é isenta, nem tem de o ser. O que é que considera ser “indefensável”? A sério que não percebo. Continua a dizer que este governo e o nazismo são coisas iguais, porque um regime matou milhões de pessoas e este, segundo diz, o está a matar a si. Pois, lamento, mas discordo e acho a comparação ridícula e inaceitável. Não é ser ou deixar de ser isento, é a minha opinião. Haverá outras, naturalmente.
Correcção:
Rudolf Hess era o secretário pessoal de Hitler e em 1941 fugiu até à Escócia para “negociar”, sozinho, a paz com a Grã-Bretanha;
Rudolf Höss, esse sim, foi comandante do campo.
Ricardo, o Paulo Rangel falou em vírus socialista, ora, os nazis utilizavam a expressão vírus judeu, daí fazer sentido a afirmação de Manuel Alegre.
*extrema direita.
Consigo entender a tua opinião em relação ao artigo do Observador mas não consigo concordar quando dizes “Na reportagem que li, conta-se uma história de amor entre duas pessoas totalmente diferentes. Uma delas, por acaso, defende ideias extremistas”. Não me parece mesmo nada que seja por acaso. Todo o artigo gira à volta disso. Se não fossem estas pessoas e se uma delas não defendesse ideias extremistas duvido que o Observador a tivesse contado. Esse artigo, para mim, continua a ser uma tentativa de branqueamento da extrema esquerda. Ainda para mais quando se sabe que essa Susana é militante do PS mas defende os mesmos ideais do marido, como escreveu hoje a Fernanda Câncio no DN. Há aqui qualquer coisa que não bate certo. A verdade é que fiquei indignada e incrédula quando li o artigo, tudo aquilo me parecia demasiado ridículo, e foi isso mesmo que motivou este meu texto
http://thatescalatedquickly.blogs.s apo.pt/hitler-e-eva-braun-do-seculo-xxi-2 4020
porém o Daniel Oliveira diz mais, e melhor, aqui
https://www.facebook.com/danieloliv eira.lx/posts/691266187607498
Ok admito! Custa-me muito dizer mas fiquei tão triste mas tão triste, depois de ler o seu post.
Achamos que sabemos algo e colocamos opiniões cá para fora.
Mas hoje eu não devia ter acedido ao seu blog.
Porque a minha opinião sobre si mudou. E entristece-me dizer que mudou para pior, muito pior!
Custa-me muito o que vou fazer, mas vou apagar o seu blog dos meus favoritos. E a todos os meus amigos a quem indiquei o seu blog, vou pedir-lhes desculpa, muitas desculpas. LAMENTO MESMO O DIA EM QUE ENTREI NO SEU BLOG. 🙁
Rangel diz que o PS são um virús pronto???? PRONTO??? Desculpe Ricardo mas o que se passa consigo? Desculpe importa-se de trazer o Ricardo de volta? Quem é esta pessoa que o está a substituir? Alô Ricardo importa-se de voltar á terra e tentar ser um pouquinho mais isento? A sério já o sigo á tempo e agora vejo-o a defender o indefensável! Que desilusão…Sabe o que fizeram os nazis? sabe? QUASE EXTERMINARAM UM POVO! Olha eu também sinto que me estão a matar!! TODOS OS DIAS!! e QUEM ME ESTÁ A MATAR? este governo de m***a
Arrumadinho,
Tens de corrigir a tua crónica porque Rudolph Hess, não foi comandante do campo de concentração de Auschwitz. Quem foi comandante de Auschwitz, foi o Rudolf Höss (Höß).
Rudolph Hess, foi um membro destacado do partido nazi que viveu até à sua morte na prisão de Spandau em 1987, enquanto o Rudolf Höss (Höß) foi enforcado junto entrada do crematório do campo de concentração Auschwitz I.
Olá! Adorei o artigo e confesso que estou totalmente de acordo. Sou de direita sim, mas acima de tudo gosto que as pessoas sejam justas e correctas. Podemos ser melhores do que os outros e isso implica não descermos ao nível dos nossos “adversários”. Parabéns e beijinhos*
Caro Arrumadinho a sua resposta está algo confusa,mais uma vez constato o seu azedume para com o poeta Manuel Alegre a quem este país deve alguma coisa como bem deve saber,sintoma disso é a sua desconsideração ao escrever o nome em minusculas,mas políticas á parte sabe que mais viva o nosso Benfica.Saudações
Cara Pandora, não é verdade o que diz, logo, a sua argumentação cai por base. Eu não refiro exactamente o que foi dito por Rangel, e que levou à comparação que alegre faz, mas escrevo, e passo a citar: “Uma coisa é discutir política, é fazer acusações políticas, é, até, mascarar um pouco a realidade para fazer parecer que o adversário é muito pior do que efectivamente é, e outra, bem diferente, é comparar um partido democrático, que defende valores democráticos, com um movimento nazi”. O que Rangel fez ao comparar o PS ao um vírus foi uma acusação política, certa, errada, absurda, sensata, cada um terá a sua visão. E isso, em política, é legítimo. Mas, como escrevo, isso não justifica a resposta totalmente desproporcional de Rangel. É quase como se uma pessoa matasse outra só porque ela lhe chamou um nome. Sim, a outra chamou um nome, mas daí a responder com um tiro vai uma grande distância. E foi isso que aconteceu. Rangel comparou o PS a um vírus, pronto, então alegre vem dizer que o PSD e o CDS são nazis. É preciso ter calma e ponderação na hora de falar. É por coisas destas que a credibilidade dos políticos, em Portugal, anda pela lama.
O seu comentário á polémica Manuel Alegre versus Paulo Rangel é tendencioso e não respeita verdadeiramente os factos ocorridos que em rigor foram provocados por Rangel quando comparou o PS a um vírus quem desrespeitou os seus adversários de uma forma abjecta e hedionda foi esse Senhor,e o seu texto em defesa do candidato Rangel é vergonhoso e mentiroso uma vez que não fala do porquê do comentário de Alegre ,preferindo em vez disso atacar o poeta armando-se em arauto da democracia e seus valores.
Não sei qual a idade dos comentadores, mas fico surpreendida pelas posições tão extremistas. O papel do jornal e dos seus jornalistas é noticiarem. O individuo em causa na reportagem é um português inculto. Ponto final.
Se tem direito à opinião? Tem e defendo que deve ter. Mesmo sabendo que sou preta (crime para ele) e mulher (minoria aos olhos dele). Se tenho pena dele? Tenho. Vive encarcerado num papel que lhe vai custar manter. Afinal de contas, o regime e a sociedade que ele tanto condena, permitem-lhe estudar, permitem-lhe casar na igreja, perfilhar o filho. É esse traço que nos distingue: eu permito-lhe ser entrevistado e defender o seu ponto de vista. Eu permito-lhe ir votar. Eu permito-lhe a liberdade que ele me quer tirar. É com isso que ele vai ter de viver. E os que defendem que ele não deve ter direito à palavra, estão a ser iguais a ele. 40 anos após o 25 abril ainda mantemos a mesma mentalidade do lápis azul. Vocês cresceram em liberdade. Então vivam com o que mais vos desagrada. Não matem o mensageiro. Aprendam a levar com a verdade. Custa? Paciência. A nossa geração cresceu com ela e lutou por ela. Façam o favor de agradecer ao jornalista. É de gente crescida.
E antes de me insultarem, na noite em que mataram um negro no Bairro Alto, por esse jovem e seus amigos, eu também apanhei. Por ser negra. Mas não deixo de lhe dar liberdade para se expressar.
Maria Lopes
Sobre o artigo d’O Observador não posso falar, mas este apelo ao voto e a mensagem que passa (never forget) é muito interessante e importante.
http://www.prontaevestida.com
Ricardo, concordo em parte com o que dizes. E mesmo com o que não concordo, percebo o teu ponto de vista e consigo colocar-me no teu lugar. Mas muito sinceramente, não vejo qual o interesse em saber da história de amor de uma pessoa como o Mário Machado. A ideia de fazer jornalismo alternativo, de encontrar sempre um ângulo novo para a realidade, tem de ter limites. Este homem defende ideais que vão contra a nossa constituição. Este homem apoiou a morte de um homem ao pontapé que teve o azar de ser negro e estar no local errado à hora errada. Quando as pessoas são assim, perigosas, não vejo qual é o interesse em tornar pública a sua história de amor. O jornalismo tem uma função social muito importante. Não deve branquear comportamentos só para mostrar um novo ângulo, só para fazer bonito e diferente.
Até pode ser uma história de amor, mas pelo meio fala mais de política do que de outra coisa, podia ser uma história muito interessante, até dar mesmo um romance se explicasse como é que a esposa dele conseguiu ultrapassar todas as suas ideologias, passar mesmo por cima delas para casar com este homem.
A ele parece-me muito fácil ter deixado o machismo para trás se assim não fosse tinha o filho e a esposa a passar fome.
Acho incrível como nos dias de hoje alguém possa ainda defender estas ideologias, mas mais incrível me parece alguém que tem uma ideologia completamente diferente conviver com isso pacificamente e ainda dizer que consegue separar o marido e o pai carinhoso do criminoso.
Há coisas que não me entram na cabeça e esta é com certeza uma delas.
http://a-lingua-afiada.blogspot.pt/
Não é só o PS, o PSD…de um modo geral surgem nestes momentos pé-eleitorais todo um conjunto de argumentos, histórias e afins que não interessam a ninguém e que a mim me deixam, honestamente, enfadada… Como o Ricardo dizia, é nestes momentos que os políticos no geral se revelam ainda mais pequeninos do que imaginávamos!!
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“(…) a Sónia Simões, e que sei que fez este trabalho com o único intuito de contar uma história, uma boa história, em que, por acaso, um dos protagonistas é o Mário Machado.”… Sabe bem que isto não é verdade.
A história valia a pena se contada por se tratar de Mário Machado, pela época em que, como disse, se volta a falar de nazismo, e por ser, realmente, uma história peculiar. Mas não me venha dizer que houve a intenção inocente de contar, simplesmente, uma história de amor. Sabe bem que não é só isso.
A história está bem escrita e quase, quase, me levou a criar empatia com a figura do Mário Machado (seria essa a intenção) mas não deixa de ser uma entrevista onde se dá voz (independentemente do romance) a um homem que não merece ser destacado, muito menos, a meu ver, pela positiva.
Acho fantástico – sem ironias – que a mulher dele consiga meter de parte o seu passado, e ainda presente, carácter assumidamente racista e fale apenas do marido e pai excepcional que ele é. Mas isso é são atributos que apenas ela e os filhos poderão reconhecer porque de resto, para uma notícia de destaque nacional, este homem não passa de um criminoso, pelo que fez e pelo que pensa. E nem sou eu que o digo, são os tribunais.
Acho que a reportagem do Observador só permite a quem realmente for… observador… certificar-se ainda mais do imbecil que é o Mário Machado. Um tipo que está há 10 anos na prisão, que cometeu uma série de crimes, que pelas atitudes que teve fez a mulher sofrer um aneurisma cerebral, que admite que ela é sustentada com dinheiro dos pais e dinheiro que ele poupou de atividades ilícitas, tem legitimidade para opinar sobre o quê? E ainda vem dizer que acha que o lugar da mulher é em casa, sem trabalhar… ora se a mulher dele tivesse seguido essa lógica, gostava de saber quem a sustentava e ao filho de ambos, já que da parte dele a única presença que tem tido nas suas vidas é atrás das grades. É daqueles tipos cheio de moral, que acha X e Y, mas depois olhas para ele e só vês um ridículo falhado qualquer a tentar ter protagonismo. Ao ler aquilo só tive pena da mulher dele, como é que se sujeita àquilo… que separa a pessoa que comete crimes do bom pai e marido (continuo sem perceber como se pode ser um bom pai e marido se quase toda a relação foi passada a vê-lo na cadeia e em precárias)… tanto homem que há para aí com essas duas qualidades e ela tem de suportar este criminoso, que não parece ter aprendido a lição e já anda a pensar em formar um novo partido. Enfim, andamos nós a pagar impostos para sustentar tipos destes, na prisão, a tirar o curso de Direito, a recolher assinaturas para ser libertado… tristeza.