Gosto muito de escritores que me surpreendem pela qualidade da história que contam. Percebo os que trabalham a palavra, admiro os que magicam construções frásicas inovadoras, mas nenhum me agarra como os que sabem contar uma história.
O ano passado fiquei curioso quando soube que um escritor voltava a ser capa da revista “Time”, coisa que não acontecia há 10 anos, desde Stephen King, um dos meus autores preferidos. Jonathan Frenzen. Oi? Quem? Sim, foi esta a minha reacção. Admito a minha ignorância, mas nunca tinha ouvido falar do senhor. Fui ler umas coisas e descobri, então, que tinha escrito o que se dizia ser o livro do ano (2010) nos Estados Unidos – “Liberdade” – a obra escolhida por Barack Obama para ler nas suas férias do Verão passado.
Aproveitei a presença de dois queridos amigos em Nova Iorque e encarreguei-os de me trazerem o “Freedom”. Lá veio ele, numa capa toda colorida, e com uma dimensão assustadora – 700 e tal páginas. Decidi levá-lo para a lua-de-mel, nas Maldivas. E numa semaninha despachei-o quase por inteiro – sim, nas Maldivas não se faz muito mais do que ler debaixo das árvores (poupem às piadas sexuais, sim? :)).
Há um mês, pouco mais ou menos, “Freedom” saiu em Portugal.
E se gostam de gente que sabe contar histórias, leiam.
Depois desta empreitada, resolvi comprar o primeiro livro de Franzen, “Correcções”, que também já existe em Portugal. Ainda não o terminei, porque entretanto comecei a ler “A Queda dos Gigantes”, do Ken Follett, e ainda não consegui parar (são 916 páginas, mas parecem 200).
E pronto, se querem leituras para um Verão inteiro, ficam as minhas sugestões. Parece pouco, mas ao todo são umas 2200 páginas, o que dá uns 10 livros de 220 páginas. E assim, ainda parece pouco?
Hum… tenho algum receio de livros 'aconselhados' pelo Sr. Obama…
O último que li (ou tentei ler) também tinha uma chamada de atenção na capa a dizer que o Presidente dos EUA o declarou como 'livro do ano'… e era uma coisa secante, secante, como nunca vi. Só para se ter uma ideia, é um romance cujo foco central é o críquete, esse desporto suuuper entusiasmante (bocejo!).
Ah, o livro: Netherland, de Joseph O'Neill.
bons, bons livros. eu li "a queda dos gigantes" muito depressa e agora estou ansiosa pelos outros. e vou ter de comprar outro exemplar, que o que tinha foi surripiado da minha irmã que o exigiu de volta (francamente, onde está o amor fraternal?!). já o freedom está escondido. não vá ela tecê-las.
Sugestões de leitura muito boas, mas lamento discordar da opinião sobre as Maldivas. Piadas óbvias à parte, para mim os dias foram curtos (e poucos) para os passeios de barco, visita às outras ilhas, spa, pesca nocturna, mergulho, snorkeling e todas as actividades aquáticas disponíveis em qualquer dos resorts. No entanto, também foi lá que despachei o Anna Karenina. Chato que é o tio Tolstoi…
ai, eu poupo as piadas lol mas que não fica nada bem, não fica
lua de mel? levei um livro de 700 pág e li numa semana lol
(vou continuar a ler o post)
ken follet é mt bom, e carlos ruiz zafon tb
obrig pelas sugestões!
Os dois do Jonathan Frenzen foram aconselhados pelo Clube da Oprah, daí o seu sucesso nos EUA também 😉 Aliás, o Freedom foi aconselhado no episodio da Oprah de ontem 🙂
Obrigada pela partilha de sugestões…eu nas ferias, fora a parte do avião, não consigo ler livros…vou carregada deles e nada!
A Queda dos Gigantes é qualquer coisa de excepcional!
Estou a aguardar impacientemente a publicação do 2º volume.
Já agora, sê bem re-vindo!!! 😛