Hoje foi dia de Feira do Livro em dose dupla. A manhã foi para mim, a tarde para o meu filho.
Já tinha andado por lá, mas sempre muito à pressa, sem tempo para ver o que queria, sem parar nas minhas bancas preferidas, sem poder gastar o meu tempo a analisar aqueles amontoados de livros em promoção – encontra-se sempre por lá qualquer coisa decente. Foi com esse espírito que fui para lá de manhã – é agora. Pois, não foi. Primeiro, porque estavam uns 78 graus, e logo na primeira ronda já estava a derreter. Depois, porque com um puto de 5 anos – sempre pronto a fugir atrás de um qualquer boneco do Ruca – é impossível estar descansado, é impossível largar-lhe a mão. Lá vi tudo meio de fugida, e só consegui comprar dois livros, o “1808”, do Laurentino Gomes, que fala das origens do Brasil, e o “Chave Para Rebecca”, do Ken Follett, dos poucos que me faltam (pelo menos, dos editados em Portugal). O lado bom disto é que o ano passado gastei por lá uns 300 ou 400 euros, e este ano, ao todo, devo ter gastado uns 60.
À tarde, voltei, arrastado para a fila do Gerónimo Stilton, o astro da Presença, um rato que tem uns livros infantis óptimos. O meu filho, que deve ter uns 10 livros do Gerónimo, quis mais um, só para ter um autógrafo do rato. E lá fomos para a fila, que, por acaso, até estava anormalmente curta. Depois, foi uma ronda por tudo o que era bonecada. Abraços, apertos de mão e hi-fives ao Panda, à Docinho de Morango, ao Ruca, a um vampiro que por lá andava, e mais uns quantos.
Como sempre, a Feira foi também ponto de encontro com muita gente. Ex-colegas de faculdade, amigos, colegas, leitores do blogue, ex-editores e até o primeiro-ministro andava por lá. Ainda vi o pobre Francisco Louçã numa mesa, sozinho, com ar triste, sem uma única pessoa a quem dar autógrafos (estive para ir lá dar-lhe um abraço, mas achei por bem não, não fosse ele vir-me com a conversa do Bloco e depois era uma chatice). O “encontro” mais engraçado foi entre o meu filho e o Ricardo Araújo Pereira e o José Diogo Quintela. Íamos a passar pelo sítio onde eles estavam a dar autógrafos quando ele me disse: “Papá, estão ali os senhores do MEO”. Eu respondi: “Pois são”. E ele: “Mas os senhores do MEO existem mesmo? Eu pensei que eram só da televisão, como o Tom & Jerry”. É tão bom quando eles ainda são inocentes. É bonito.
"gastado" ou gasto?
Eu no domigo (13) pelas 10:30 estava na feira do livro com um grande entusiasmo a ver livros (pois sou uma adolescente fascinada pelas leituras) e quando menos espero vejo um homem charmoso e vira-se a minha pequena irmã: "que senhor tão bonito!" olho de relance estupefacta: "É O ARRUMADINHOOO!! MÃE! MÃE! ESTÁ ALI O ARRUMANDINHO". Dando demasiada atenção quando passava pelo grupo LEYA achei curioso o modo como olhou para o seu próprio livro e pensei como gostaria de ter um autografo no meu próprio livro, mas quis ser discreta.
Queria referir que adorei o seu look (adorei a mala castanha), sou fã!
Inês Batista
Pois eu passei por ti, do alto dos teus calções verdes, e achei-te com um ar cansadíssimo! 🙂 E ao teu menino lá ía muito atento a tudo… 🙂
Lina, foi só para desentorpecer os músculos das pernas. E fez-me bem. Hoje, estou como novo. Mais logo já vou dar uma corridinha.
Como é que uma pessoa faz uma maratona e no dia seguinte vai para a Feira do Livro? Duas vezes! Care to explain?
E crónica sobre a maratona nada?! Depois do suspense… E esposa está muito bem, que respeito ainda se usa…
Sim, ok… mas sou a única a perguntar: e a maratona??? (correu assim tão mal?)
o mundo das crianças é fabuloso 🙂