A NiT está viva

Ao longo dos últimos meses, como todos os que me lêem por aqui perceberam, tenho estado ausente. Já expliquei a razão dessa ausência por mais do que uma vez. Tenho-me dedicado quase por inteiro à criação do meu novo projeto, a New in Town (ou NiT, para os amigos). Foram muitos meses de discussões, reuniões, debates de ideias, conversas editoriais, alinhamentos gráficos, programação informática para que a revista ficasse exatamente como foi idealizada desde o início. A esmagadora maioria das coisas foi alcançada, outras, muito pequenas, detalhes, serão feitos agora com tempo, e com a ajuda do feedback dos leitores.

Hoje à tarde, a NiT nasceu. Na semana passada estivemos online durante umas horas, só para testar funcionalidades, mas só hoje é que o projeto arrancou oficialmente.

É um orgulho ver o resultado final, mesmo sabendo que não é final, que é apenas o melhor possível nesta altura. 

A NiT é o resultado do trabalho de gente do mais competente com que já trabalhei na vida, pessoas que se entregaram a este projeto desde o primeiro dia com tudo o que tinham para dar. Logo à cabeça tem de estar o Jaime Martins Alberto, o meu braço-direito e uma das grandes cabeças da NiT. Foi com ele que pensei e projetei tudo desde quando a NiT era apenas um documento em Word. Na praia, deitados nas toalhas, definimos cada secção, discutimos cada nome de rubrica, alinhámos conceitos, pensámos em pessoas para contratar, idealizámos o grafismo do site. Sem ele, a NiT seria hoje um produto muito mais pobre.

Depois, a Filipa Simões Freitas, a nossa designer criativa que nos aturou sempre com boa disposição e total entrega ao projeto. Foi a pessoa que mais chateámos no início do projeto, a quem pedíamos para alterar tudo mil vezes até as coisas ficarem como queríamos. Foi dela que veio o traço gráfico da NiT, foi ela que nos apresentou soluções perfeitas e que iam ao encontro daquilo que tínhamos projetado. O Bruno, o paciente Bruno, foi o programador que teve de desenhar cada linha de programação desde o zero. Para o Bruno, e ao contrário de muito bom informático com que já trabalhei, tudo era sempre possível. Também ele ganhou cabelos brancos com tanta picuinhice que lhe pedimos desde o primeiro ao último segundo. Tenho a certeza que houve momentos em que ele nos odiou e desejou que nos passasse um camião TIR por cima, mas hoje, agora, também tenho a certeza que ele olha para a NiT e vê um trabalho de que se irá orgulhar sempre. 

Também tenho de falar do Adriano Guerreiro, da Marta Miranda, da Andreia Costa, do André Abrantes e do Daniel Vidal. São os cinco operários de guerra que eu e o Jaime trouxemos da Sábado. Já os conhecíamos, sabíamos que dali só podia vir talento e dedicação. Perdemos a conta às noitadas de cada um, só sei que o Adriano dormiu pelo menos duas vezes na redação, porque não valia a pena ir a casa. Tudo isto, com espírito de missão e a alegria de ajudar a NiT a nascer.

Os nossos meninos mais novos, a Luísa Afonso Moura, que nos diverte todos os dias com as suas atrapalhações de fala, a Rita Cardoso, que demorou um mês a trazer-nos fogaças de chocolate de Santa Maria da Feira (mas trouxe-as), a emotiva Ana Bernardino, que tão depressa está a rir às gargalhadas como está de lágrimas nos olhos, mas que é uma profissional daquelas a sério, o Miguel Andrade, o mister-food, que está sempre pronto para mais um serviço, para fazer mais um texto, para provar mais qualquer coisa, e a Marta Chaves, que nos faz rir todos os dias quando espirra como um ratinho bebé.

Uma palavra ainda para a Vanessa Bento, que nos ajudou muito na fase mais aborrecida do projeto, quanto tivemos de criar e gerir bases de dados de restaurantes e hotéis, e que foi precisosa em tudo o que fez. Outra para a Filipa Reis Santos, que nos trouxe várias vezes almocinhos caseiros para a redação, e que está todos os dias disponível para nos ajudar em tudo, e uma ainda para a Ana Garcia Martins, que mesmo na sua permanente condição de pessoa adoentada teve sempre força para apontar um defeito no site ou uma funcionalidade que não era ideal. Por fim, para as 31 pessoas que aceitaram ser nossos colunistas por acreditarem neste projeto, sobretudo a gente de enorme valor como as bloggers Isabel Zibaia Rafael, Viviane Aguiar ou Marta Neves, a cantora Teresa Queirós, o chef Daniel Rente, a escritora Filipa Martins ou a atriz Cláudia Lucas Chéu.

Bem sei que isto parece aquele discurso de vencedor de óscares, mas esta homenagem tinha de ser feita.

Agora, a NiT é de todos.

Podem conhecê-la aqui.