A meia-maratona de Lisboa, no domingo, serviu-me para perceber mais ou menos o estado de preparação em que me encontro tendo em conta a participação na Maratona de Paris (Schneider Electric Maratona de Paris 2014).
Antes de partir, sabia duas coisas: que não tinha feito um treino adequado à distância (andei a correr sempre entre 6 e 10 km) e que iria conseguir terminar com um tempo entre 1h38 e 1h42, que era o que sentia que estava a valer.
As duas coisas confirmaram-se: fiz 1h41’03” e não fui capaz de explodir na segunda metade da corrida, o que normalmente me permite melhorar os tempos finais.
Fui para a prova com a mui animada equipa do Treino Em Casa, e com um dorsal que deveria ter sido da Princesa Catarina Beato. Chegámos ao tabuleiro da ponte às 9h, e estivemos na conversa, na palhaçada, a comer umas bolachas e a beber café quase até à hora da corrida. Aquecemos uns 15 minutos e lá nos preparámos para o tiro de partida.
A corrida começou com muito calor, coisa com a qual vivo relativamente mal. Prefiro mil vezes correr com chuva ou frio (como em Praga, que corri com temperaturas de quatro graus negativos) do que com calor. Ainda assim, parti relativamente rápido, com os primeiros quilómetros ali nos 4’10” e 4’15”. O meu objectivo era o de saber até quando aguentaria aquele ritmo. Calculei que, pelo menos, até aos 7 ou 8 km iria ter pernas para aguentar isto. Ajudou ter apanhado a lebre da 1h30. Colei-me a ela e lá fui, tentando não a deixar fugir. Já em Alcântara, comecei a perder contacto com o grupo que iria fazer a prova em 1h30. Tinha as pulsações cardíacas ali pelas 180 a 184 por minuto, muito perto do meu alerta máximo (que é de 188), por isso, resolvi abrandar um pouco. Não estava ali para bater recordes, nem para fazer maluquices, mas mais para perceber os meus limites actuais, e obrigar-me a um treino de intensidade muito alta. Por volta dos 10 km, senti-me com falta de forças para manter uma passada tão larga. Abrandei, esperei pelo abastecimento seguinte, e tomei então o gel que havia levado. Na meia-maratona do Porto, em Setembro, foi o gel que me deu gás para fazer uma segunda metade da prova a um bom ritmo, mas desta vez não ajudou grande coisa. Tentei nunca baixar dos 4’45”, mas a partir dos 18 km não fui capaz de continuar. Senti falta de pernas e falta de pulmão, o que aconteceu, precisamente, por não ter andado a treinar a distância.
Esta semana vai ser crucial para a minha preparação para Paris. Tenho de ser disciplinado nos treinos, fazer as distâncias adequadas, com pelo menos dois treinos longos, na casa dos 20 a 25 km, e muito outros mais curtos, e intensos, com séries e subidas. É só mais um esforço, são só mais três semanas de sacrifícios, mas tenho a certeza que no dia 6 de Abril vou sentir-me recompensado, quando cortar a meta na Porte Dauphine, à beira do Arco do Triunfo.
Brincadeirinha
http://youtu.be/3ItnxJLAOeY
Espero que corra melhor 🙂
Sandra
A foto dos óculos esta espectacular !!! Esse fotógrafo tem jeito 🙂 … Só lhe falta arranjar o joelho …. 🙂
A Princesa Catarina Beato aparece nas fotos da meia maratona com uma barba espetacular 😀
Olá! para quando o post sobre a corrida do benfica? quero participar!!! spoiler alert da sua pipoca! 😉
Boa sorte para Paris e bons treinos.
http://www.prontaevestida.com
Vai corre muito bem!
uau uma foto nunca antes tentada e com resultados tão bons como essa ultima
Que os treinos corram bem, sem percalços e que cumpras os teus objectivos. Se bem que, no meu caso, prefiro não fazer grandes planos. Quando faço é quando saem sempre furados.
homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt