Depois de dois dias em que as alergias pareciam estar a acalmar decidi levantar-me às sete da manhã para aproveitar o fresquinho e dar uma corrida. Queria fazer 10 km, a um ritmo médio, só para ver como respondiam as pernas, e para poder medir a intensidade dos próximos treinos.
Optei por não tomar nenhum dos medicamentos que trouxe, até porque, na véspera, à noite, não tive nenhum sintoma. Pensei eu que no Algarve os pólens estariam mais calmos.
Fui correr para o meio do campo para aproveitar ao máximo o ar puro. Ao fim de 800 metros, e logo na primeira subida, senti aquele princípio de pieira, que quem sofre destas coisas bem conhece. Podia ser daquele pico. Baixei um pouco o ritmo. Dez minutos depois estava a arfar que nem um cavalo acabado de sair de uma corrida de apostas. Para conseguir inspirar tinha de fazer uma força enorme, o que me descontrolou por completo a respiração. Não tinha feito sequer três quilómetros. Ainda corri mais uns metros, mas não dava. Tive de voltar para trás. Fiz os três quilómetros de regresso em grande esforço, quase sem ar. Felizmente, conseguia controlar as pulsações através do relógio, e sabia que o coração não ia em sobresforço, o que me tranquilizou um pouco.
Cheguei a casa de rastos, com seis quilómetros nas pernas e uma enorme frustração. Inspirava e a pieira prolongava-se por mais uns três segundos. Quando fui ao quarto buscar a toalha para o banho, acordei a minha mulher com a força esforçada como respirava. “Estás a morrer?”, perguntou-me, estremunhada. Estava lá perto, sim.
Amanhã vou tomar um comprimido meia-hora antes da corrida e vou tentar outra vez.
É que no início de Julho há demasiadas provas giras que não quero perder. Mas sem treinar vai ser difícil…
Que relógio utiliza para controlar as pulsações?
Obrigado.
Meia-hora antes da corrida? Mas não se começa a sentir efeito depois de uns diazinhos de se começar a tomar o medicamento para as alergias?
Arrumadinho, então mas foste logo correr para o meio do campo? Para nós, alérgicos ao pólen isto é um "suicídio". Só consigo correr/ caminhar junto ao mar (mas nunca na areia dá cabo da coluna).Quando a alergia aperta é correr para o mar, molhar a cara e pronto.
Sei bem o que é isso da pieira e ficar sem ar. Malditas alergias 🙂
Para quem tem rinite alérgica, ir correr para "o meio do campo" não é de todo boa ideia… Mesmo com medicamentos. É triste, mas o melhor amigo é mesmo o alcatrão =/
Eu sofro de rinite alérgica talvez desde sempre mas só fui diagnosticada aos 15anos, altura em que se evidenciou. Fiz vários testes e confirmou-se: ácaros, pêlo de gatos e cães, pólen e gramíneas, sendo as últimas as que me causam maior sofrimento por isso para mim é impensável ir para o meio de campo, principalmente correr. Gosto imenso de campo mas não dá mesmo para mim. Fico mesmo muito mal. Fiz um tratamento durante cerca de 6 anos com umas injeções mas de facto ainda hoje com 25 continuo a sofrer deste mal. Se calhar sem esse tratamento estaria bem pior…
Este ano está péssimo para quem tem alergias. Cá por casa somos 3 medicados contra alergias há um mês e meio!!! Nunca tinha passado tão mal por causa da sinusite como este ano.
Eu tenho asma e alergias, e quando ando pior da respiração isto provoca-me uma baixa auto-estima em termos de resistência nas corridas, por isso, opto por tomar um preventivo antes das corridas. É um bronco-dilatador e acredita que ajuda mt. Se precisares dou-te o nome.
Luís
Sei bem o que isso é. Ainda ontem passei pelo mesmo. As melhoras.
Filipe Gil
Correr Na Cidade
As melhoras. Também sofro um pouco com os polens.
xx
troughthelace.blogspot.com
Ora aí está a razão pela qual sempre detestei correr… As corridas forçadas nas aulas de educação física, cheia de falta de ar. Com o tempo (e muitas vacinas depois) a falta de ar melhorou, mas o trauma da corrida ficou.
Admiro o esforço.
Beijinhos