Num momento em que o País está à beira da falência, em que quase todos os meios de comunicação social cortam custos, despedem, emagrecem, quando há publicações a fechar e cada vez mais jornalistas desempregados, eis que dois novos projectos nascem e dão um pouco de cor e alegria a isto tudo.
O primeiro arranca hoje e chama-se A Bola TV, um exclusivo do Meo.
Durante quase três anos trabalhei ali, na Travessa da Queimada, no jornal com mais peso por onde já passei. É uma casa antiga, histórica, com tudo o que de bom (e de menos bom) isso acarreta. Foram anos desafiantes, que me fizeram crescer muito profissionalmente, onde trabalhei com enormes jornalistas. Guardo para sempre a forma carinhosa como todos se tratavam – “meu querido” – e a rotina que ainda hoje mantêm de se irem cumprimentar um a um quando chegam ao trabalho.
Ao João Bonzinho, que lidera o projecto, ao Nuno Perestrelo, o homem multimédia, ao Hugo Vasconcelos, chefe de redacção e amigo há 20 anos, e a todos os outros, a maior sorte do mundo.
Daqui a uns meses, outro projecto animará este meio – o nascimento da Correio da Manhã TV. Pelo que tenho visto à minha volta, pelo nível de contratações, pela qualidade das pessoas envolvidas, tenho a certeza de que a coisa irá correr bem. Lá mais para final do ano deve haver mais novidades sobre a estrutura do projecto, as ideias de programação e informação. Também a eles, companheiros de edifício, que trabalham desde o zero, deixo o meu abraço.
Num momento de tristeza geral, haja quem nos dê esperança.
Haja sempre projectos novos para remexer o país, para enfrentar a crise e trazer mais cor aos portugueses! Parecem-me projectos muito interessantes e é nestes momentos que tenho pena de não ter meo em casa.
Enquanto jornalista, fico feliz com novos projectos.
homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Neste momento ando a estudar Ciências da Comunicação no ISCSP (tal como O Arrumadinho também sou ISCSPiano!) e ler coisas como estas, nesta conjuntura económica e social, dá-me um novo alento (mesmo que o "Público" tenha ainda há dias, por exemplo, despedido 40 e tal pessoas).
Quando chegar à minha altura de trabalhar tudo estará, certamente, diferente. Ainda assim, esteja pior ou melhor, há que lutar e não baixar os braços. Porque o país não anda para a frente sem gente com garra e determinação. Se é para trabalhar, ao menos que se tente fazer o que mais se gosta.
Abraços
Não sou Meo, mas fico mesmo contente pelo nascimento destes dois projectos.